Tiago foi um dos alvos da torcida vascaína no último sábado, na derrota por 4 a 2 para o Figueirense. O goleiro não escapou das vaias e recebeu muitas críticas dos torcedores. Por isso, o técnico Renato Gaúcho achou melhor poupar o atleta, já que ele poderia ter seu lado psicológico abalado. Sem sequer ser relacionado para a partida contra o Sport, quarta-feira, na Ilha do Retiro, o goleiro falou ao LANCENET! sobre seu momento no Vasco.
- Não sei nem o que falar, até porque não tive nenhuma conversa. Cheguei no treino ontem (segunda-feira) e meu nome não estava na relação. Ninguém me falou nada, o que estou sabendo é por vocês (imprensa). Fiquei muito triste, pois quero jogar, ainda mais nesse momento difícil, mas preferiram não me levar - revelou.
Segundo o treinador Renato Gaúcho, Tiago foi poupado para não ser massacrado. Porém, Tiago entende de outra maneira:
- Eu respeito qualquer decisão de treinador, mas não estava preocupado em relaçao à pressão. Até porque eu sou goleiro de time grande e só de atuar nessa posição já é uma pressão grande. E quando a fase é difícil, sobra para o goleiro. Tenho minha auto-crítica e acho que não tenho falhado, mas respeito a opinião do Renato.
Já sobre a torcida, aliada de Tiago no início do ano e agora \"responsável\" pela barração do goleiro, ele tem uma explicação para a revolta dos vascaínos.
- A torcida tem a expectativa que eu ajude lá atrás e na frente. Mas não posso fazer isso aí. Às vezes podem achar que eu que não quero ir lá, só que não posso pasar por cima de ninguém - contou.
Acostumado a cobrar faltas pela Portuguesa no ano passado, onde fez 13 gols, ele não foi autorizado por Renato a bater falta. Neste ano ele marcou dois gols pelo Vasco, ambos de pênalti.