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Times do Rio superam todo o público da Arena AM em 2015

Em 2015 a Arena da Amazônia, que completava seu primeiro aniversário, recebeu 12 jogos de futebol. Destes, cinco foram amistosos e apenas sete oficiais. Entre disputas da Copa Verde, Campeonato Amazonense e Série D, o público total ao longo de todo o ano em partidas reconhecidas pela CBF foi de 26.600 torcedores. Em 2016, em apenas uma semana, com dois jogos do Campeonato Carioca, o público foi quase o triplo do acumulado em um ano: 76.480.

Créditos às equipes cariocas: Fluminense, Vasco e Flamengo. Na primeira partida, dia 17 de abril, válida pela final da Taça Guanabara, Flu e Vasco levaram 32.061 presentes ao estádio. Na ocasião, a torcida assistiu o Vasco levantar a taça após vitória por 1 a 0. No domingo seguinte, uma semana depois, a equipe cruz-maltina conseguiu a classificação à final do Carioca contra o Fla, sob os olhares de 44.419 torcedores. Este último, inclusive, foi o maior recorde de público da Arena da Amazônia desde sua inauguração.

Antes do "desembarque" carioca à capital amazonense, o estádio sediou outras duas partidas oficiais em 2016: Fast Clube x Águia de Marabá, e Fast x Paysandu - ambos pela Copa Verde. Os dois juntos levaram 5.049 ao estádio, isto é: pouco mais de 6% do público total "causado" pelos cariocas.

Com os números, uma conta básica leva à média de público em jogos no estádio amazonense. Em 2015 (ainda levando em consideração apenas os sete jogos oficiais), a média foi de 3.800 espectadores por jogo. Em 2016, em quatro partidas, a média subiu para 20.382 - quase metade da capacidade total do estádio.

Além do público, em dois jogos, clubes cariocas arrecadaram renda total de R$ 5.565.280,00. Mais de cinco milhões e meio. Em 2015, com todas as sete partidas, a renda acumulada foi de R$ 581.140,00. 

É, a partir desses resultados, que o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria Estadual de Esportes, se mune para "vender o peixe" aos clubes de fora do Estado. Assim como Fluminense e Vasco, mandantes dos dois últimos jogos, o Flamengo entra na fila e estuda mandar partidas do Campeonato Brasileiro na Arena da Amazônia. O Botafogo também, confirma o secretário Fabrício Lima. 

- Assim como fiz no início do ano, estou viajando para Goiás, onde vou me encontrar com o presidente do Flamengo e depois sigo para o Rio de Janeiro para fazer uma "turnê" pelos clubes. Vamos apresentar proposta para que os clubes passem a cogitar Manaus como uma boa opção. Já provamos que temos boa estrutura e trazemos bons números - comentou, em conversa com o GloboEsporte.com.  

Onde o Amazonas ganha?

A proposta do Governo, que passou por reformulação no setor esportivo de 2015 para 2016, é gerar lucro suficiente com jogos "importados" para, então, investir no futebol local. Nas negociações com os clubes de fora a proposta é feita em parceria com uma empresa privada, que arca com os gastos gerais. A Secretaria entra com o "barateamento" do quadro móvel do estádio e pede 10% da renda. 

É a partir desses 10% que o Estado fica em posição confortável para arcar com os gastos de jogos locais na Arena, sem que os clubes do Amazonas precisem desembolsar para mandar partida no estádio que sediou a Copa do Mundo. 

Fonte: ge
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