As confusões ocorridas no clássico entre Flamengo e Vasco, ainda pela fase classificatória da Taça Rio, ganharam mais um capítulo no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), na tarde desta quinta-feira, dia 10 de maio. Mas, dessa vez, as notícias foram mais favoráveis ao Gigante da Colina.
Os auditores do Pleno do TJD/RJ julgaram o recurso do caso e, de forma unânime, diminuíram as penas aos jogadores e do clube, que foram defendidos pela advogada Luciana Lopes. Os atletas Eduardo Costa e Rodolfo, antes punidos com suspensão de oito jogos e multa de R$ 20 mil, tiveram suas penas reduzidas para cinco partidas e R$ 1 mil. Fagner e Fellipe Bastos, também foram aliviados. As penas de seis jogos de gancho e multa de R$ 5 mil caíram para cinco partidas e R$ 1 mil.
A multa de R$ 32,400 mil e a perda de quatro mandos de campo, impostas ao Vasco da Gama, também foram reduzidas. Agora, o clube terá que pagar R$ 12 mil e cumprir apenas um mando de campo.
O diretor de futebol do clube, Daniel Freitas, que havia sido suspenso por 30 dias e multado em R$ 10 mil também teve sua punição minimizada. A pena agora é de 15 dias e apenas R$ 1 mil de multa.
O presidente Roberto Dinamite também foi julgado novamente, mas, a pedido da Procuradoria, que considerou a advertência ao dirigente, em primeira instância, muito leve e pediu pena maior. Perante os auditores do Pleno, o cartola foi punido por desrespeitar a equipe de arbitragem e pegou 15 dias de suspensão, convertidos em advertência, por conta de sua primariedade. Todas as punições serão cumpridas na próxima edição do Campeonato Carioca.
Entenda o caso
No dia 18 de abril, a Quinta Comissão Disciplinar do TJD/RJ puniu os jogadores Eduardo Costa e Rodolfo com suspensão de oito jogos, enquanto Fagner e Fellipe Bastos pegaram seis partidas de gancho. Os dois primeiros ainda foram multados em R$ 15 mil, e os outros dois em R$ 5 mil. Tudo isso por conta de confusão com o árbitro Wagner dos Santos Rosa, no jogo em que o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, ainda pela fase de classificação da Taça Rio.
O Vasco recebeu multa de R$ 32.400 mil e perdeu o mando de campo por quatro jogos pelas cadeiras atiradas por torcedores no gramado. O diretor de futebol do clube, Daniel Freitas, foi suspenso por 30 dias e multado em R$ 10 mil. Todas essas penas ficaram suspensas depois que o jurídico conseguiu um efeito suspensivo depois do julgamento.
E, nesta tarde, enquanto o Vasco buscava a absolvição em relação a todas essas punições, o presidente Roberto Dinamite, apenas advertido em primeira instância, ainda corria o risco de ser suspenso e até multado. Roberto Dinamite esbravejou contra a atuação do árbitro Wagner dos Santos Rosa, em entrevista após o jogo.
O presidente foi enquadrado pela Procuradoria no artigo 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com pena que varia de 15 a 90 dias de suspensão, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Entretanto, os auditores do Pleno, desclassificaram a denúncia para o artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva, desrespeitando membros da equipe de arbitragem). O cartola foi suspenso por 15 dias, mas teve a pena convertida em advertência por conta de sua primariedade.