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Torcedores lamentam violência no Mané Garrincha e temem esvaziamento

 Torcedores de Vasco e Corinthians que estavam no Estádio Mané Garrincha no último domingo lamentaram bastante o confronto entre as organizadas, que manchou o clima de paz presente na maior parte das arquibancadas. Alguns brasilienses temem que as brigas - no dia 18 de agosto, são-paulinos e flamenguistas também entraram em confronto nos arredores do estádio - possam afastar torcedores de outros jogos na capital federal  e cobram uma atuação mais efetiva da Polícia Militar para evitar os confrontos.

- Os jogos em Brasília estavam tendo um clima bonito, programas de família, com pais, mães, avós. Neste jogo mesmo (Vasco x Corinthians), tinham muitas crianças bem pequenas perto da confusão. É lamentável. São pessoas que vão pensar duas vezes antes de ir novamente ao estádio - afirmou o analista de sistemas Felipe Victório, de 24 anos.

Corintiano, Felipe foi ao estádio acompanhado da namorada. O casal estava bem próximo do local da briga e ficou assustado com a confusão.

- Quando a polícia começou a agir, acabaram empurrando o pessoal para cima da gente. Eu já tinha ido a outros estádios e consegui ficar um pouco mais tranquilo, mas minha namorada ficou muito assustada. Eu pedi para ela sentar e me posicionei na frente. Eles começaram a correr para cima dos torcedores comuns. Muita gente foi empurrada. Vi crianças chorando, mulheres tremendo, alguns torcedores do Vasco que não eram de organizada tirando a camisa com medo de serem agredidos - contou Felipe.
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O vascaíno Renan Aragão, de 25 anos, também estava perto da briga. Acompanhado da namorada, do cunhado e de um sobrinho de 9 anos, o servidor público foi outro que passou momentos de aflição no estádio.

- O menino ficou assustado. Eles chegaram bem perto de onde nós estávamos. Quando a polícia começou a reprimir os corintianos para voltarem para o setor sul, os torcedores que estavam no caminho sofreram - lembrou.

Para Renan, o fato de não haver separação de torcidas no Mané Garrincha exige um planejamento melhor das forças de segurança para evitar confusões entre organizadas, como a que ocorreu no domingo.

- Se querem fazer o jogo com assentos misturados, a polícia tem que acompanhar mais de perto. Os torcedores organizados trocaram de lado andando. Não foi tão rápido. Tinham poucos policiais. Também tinham que ter agido mais rápido... Se não houver uma resposta do Estado à altura dos incidentes, pode acabar afastando os torcedores - concluiu.

O corintiano Daniel Nogueira, de 28 anos, também viu a briga de perto e criticou a atuação da Polícia Militar.

- A PM foi desastrosa. Quando começou o intervalo eu fui ao banheiro e vi torcedores das organizadas do Corinthians andando nos corredores em direção ao lado onde estava a organizada do Vasco. Até comentei com um policial que ia dar briga, mas ele ficou só olhando. Quando a confusão começou, mais torcedores continuaram correndo em direção ao outro lado e levou um bom tempo até a PM começar a impedi-los - contou o assessor de comunicação.

 Mesmo com a confusão, Daniel não descarta ir novamente ao Mané Garrincha. No entanto, pede que a questão da segurança seja revisada pela organização das partidas.

- O ambiente estava ótimo. Corintianos e vascaínos viram o jogo lado a lado, sem nenhum problema. O que complica são as organizadas, que têm rivalidade antiga. Não tenho medo de ir novamente ao estádio, mas queria muito que essa situação da segurança fosse resolvida para que todos possam ficar tranquilos. E não adianta falar em proibir as organizadas. Se proibir, vão continuar indo no meio do torcedor comum. Ficaria ainda mais difícil de identificá-los. O que precisa é de um bom planejamento da polícia. Me parece que a falha está nesse ponto - cobrou o torcedor.

Nesta segunda-feira, a Polícia Militar do DF informou que as torcidas organizadas serão isoladas nas próximas partidas no Mané Garrincha.

- Nossa mudança para os próximos jogos será que, quando essas torcidas se fizerem presentes no Distrito Federal, serão escoltadas e assistirão aos jogos confinadas - afirmou coronel Jooziel de Melo, em entrevista à TV Globo.

Já a Polícia Civil do DF abriu investigação para identificar, por meio das câmeras de segurança, os torcedores envolvidos na briga. Eles podem ser enquadrados no artigo 41 do Estatuto do Torcedor, que prevê exclusão dos estádios por até três anos.

Fonte: ge
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