A relação estremecida entre Fluminense e Vasco ficou mais acentuada após o clássico deste sábado pela semifinal da Taça Rio. Na entrada de campo das equipes, o Cruzmaltino quebrou o protocolo e não deixou o túnel de acesso junto com o Tricolor. Jogadores e funcionários do clube das Laranjeiras não ficaram satisfeitos com a atitude e consideraram uma "falta de cordialidade".
Pelo lado do Vasco, porém, todos negaram que a ação tenha sido premeditada. Técnico da equipe, Milton Mendes, por exemplo, chegou a pedir desculpas pelo ocorrido.
"Pedimos desculpa a todos, mas não foi nada premeditado. Atrasou um pouquinho nossa entrada, mas não foi nada premeditado. Foi erro de cálculo mesmo", disse.
Ao UOL Esporte, um funcionário do Fluminense relatou que o Tricolor ainda ficou aguardando o adversário por alguns minutos.
"Nós saímos do vestiário, o time ficou perfilado no túnel de acesso aguardando o Vasco. O quarto árbitro chegou a ir ao vestiário do Vasco e, quando viu que eles não iriam sair, deu a permissão para que entrássemos em campo", declarou.
Curiosamente, em 2015, o Vasco viveu praticamente o outro lado da moeda. Também na semifinal do Campeonato Carioca, o Cruzmaltino enfrentou o Flamengo em Brasília e o Rubro-Negro, propositalmente, entrou na frente do time de São Januário em campo e o capitão da equipe na época, o zagueiro Wallace, fincou uma bandeira do clube no gramado.
Fluminense e Vasco possuem uma relação política estremecida que ficou acentuada após o Tricolor assinar contrato com o consórcio que administra o Maracanã e posicionar sua torcida à direita das cabines de rádio do estádio, local que desde a década de 50 era ocupado pelos vascaínos.