Alberto Valentim se junta aos jogadores do Vasco em Curitiba, na terça-feira. O novo técnico do cruz-maltino terá no treino da equipe na Arena da Baixada, às vésperas da partida contra o Atlético Paranaense, a chance de ter as primeiras impressões dos desafios que terá pela frente. Há questões de dentro de campo e fora dele que precisará administrar para terminar o Campeonato Brasileiro bem distante da zona de rebaixamento e, se possível, com uma vaga na Libertadores do ano que vem.
DEFESA MUITO VAZADA
Valdir Bigode, nos três jogos à frente do time, conseguiu frear um pouco a sangria do sistema defensivo. Mas o trabalho do interino ainda é pouco para dizer que o Vasco deixou de ser a peneira que tem sido no decorrer de 2018. Alberto Valentim precisa iniciar sua jornada como técnico vascaíno disposto a resolver a questão. Com a quarta pior defesa da Série A, melhor apenas do que as de Sport, Chapecoense e Vitória, não conseguirá ir muito mais longe do que a 12ª colocação atual.
LESÕES EM SEQUÊNCIA
Foram nada menos do que sete desfalques na vitória sobre a Chapecoense. O Vasco sofre em 2018 com tantas lesões que nunca conseguiu ter todos os jogadores à disposição desde que o Brasileiro começou. Alberto Valentim terá de lidar com isso, um grande obstáculo para o entrosamento da equipe. Se não tem controle sobre a recuperação dos jogadores, o técnico e seu preparador físico, provavelmente Ricardo Henriques, poderão ajudar e muito na prevenção de novas lesões, dosando carga de trabalho, poupando quando preciso.
OTIMIZAÇÃO DE MAXI LÓPEZ
Já foram três partidas do argentino como titular e o ganho técnico do Vasco no ataque foi sensível. Até pela carência do setor, Alberto Valentim terá de encontrar uma forma de utilizá-lo ao máximo se quiser que o time suba de patamar no Brasileirão. Conscientizar o argentino a respeito dos cartões amarelos é uma medida necessária. Além disso, ele já tem 34 anos, não é nenhum garoto e dosar o desgaste dele é importante.
ADMINISTRAR OS INSATISFEITOS
Thiago Galhardo, depois do jogo contra a Chapecoense, reclamou publicamente da reserva por estar, segundo ele, 100% fisicamente para ser titular. Wagner, de novo no time principal, aproveitou o viés de alta para contestar Jorginho, com quem foi para o banco. O pior de tudo é que os dois têm argumentos para reinvindicar uma vaga no time. Alberto Valentim terá de ter jogo de cintura para escalar o Vasco que considera melhor e eventualmente desagradar um dos dois meias, dos melhores do elenco.