Não é fácil acompanhar os bastidores políticos do Vasco. Nesta semana, o presidente Alexandre Campello se reaproximou daquele que parecia ter se tornado em janeiro passado seu principal inimigo político. Três dos sete novos vice-presidentes anunciados pelo clube estão ligado a Julio Brant, candidato mais votado na eleição do ano passado, mas que não foi eleito após uma articulação de Campello no Conselho Deliberativo, que tem o poder de decisão final na escolha presidencial.
— Está na hora de abrir o diálogo com todos os grupos e acabar com essa guerra que só prejudica o Vasco — disse Campello.
No início do mês, deixaram a gestão 13 vice-presidentes ligado a Roberto Monteiro, atual presidente do Conselho. Ele era concorrente nas eleições gerais, virou aliado para conseguir vencer Brant no Conselho e, recentemente, passou a fazer oposição ao mandatário.
Os vice ligados a Brant são: João Marcos Amorim, de Finanças, e Rodrigo Saavedra, de Patrimônio, e João Ernesto Ferreira, de Relações Especializadas. De acordo com Campello, a escolha foi técnica, pegando os conselheiros ou sócios que melhor pudessem assumir cada pasta.
Na madrugada da última terça-feira, com votos do grupo de Brant, o Conselho Deliberativo decidiu não abrir processo de sindicância contra Campello por denúncias sobre a venda de ingressos em São Januário.
— Não havia materialidade. Optamos por nos alinhar ao lado do Campello. Por mais que tenhamos diferenças, temos coerência em torno do que se vota pelo Vasco — afirmou Brant.
Dentro os outros quatro novos vice-presidentes, quatro são ligados a Fernando Horta, que se aliou a Brant no fim do ano passado. As pastas são : Gestão Estratégica, Desportos Aquáticos e Comunicação. O sétimo nome, Adriano Dias Mendes, de Controladoria, apoiou Brant no pleito passado, mas se afastou dele.
As nomeações ainda não foram encerradas. Até o final de semana, novos vice-presidente serão anunciados.
‘Parecido com Martín’, goleiro é apresentado
Ex-goleiro do Vitória, Fernando Miguel, de 33 anos, foi apresentado oficialmente como reforço vascaíno. Ele chega para assumir a titularidade na ausência de Martín Silva, que estará com a delegação uruguaia na Copa do Mundo da Rússia.
—Sou parecido com o Martín, também sou reservado, discreto. Foi bem bacana o encontro com ele, me deixou super à vontade para trabalhar. É uma alegria muito grande trabalhar com um atleta do gabarito dele — disse.