Em meio à crise, o Vasco terá uma sequência que pode ser apontada como decisiva na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Antes disso, o técnico Ricardo Sá Pinto, bastante pressionado, terá alguns dias de treino para tentar fazer a equipe entrar nos eixos e conquistar os resultados necessários para sair da zona.
Com 28 pontos e vindo de uma acachapante derrota para o Athletico-PR, o Cruz-Maltino terá pela frente o Atlético-GO, Botafogo, Coritiba e Red Bull Bragantino. Destes, o Alvinegro e o Coxa estão na degola, enquanto o Red Bull, no momento, tenta se distanciar da parte inferior, e o Dragão encontra-se mais "desgarrado".
O lado positivo é que, antes desta corrida em que cada passo é de imensa importância, o elenco terá alguns dias de trabalho, uma vez que o próximo compromisso será apenas no dia 6 de janeiro, no Antônio Accioly, em Goiânia.
Para poder respirar um pouco mais aliviado na competição, inclusive, o Vasco precisa melhorar o rendimento frente a esses adversários. No primeiro turno, só não deixou pontos pelo caminho contra o Botafogo. Em São Januário, perdeu para o Atlético-GO, de virada, e empatou com o RB Braga, depois de sair na frente. No Couto Pereira, perdeu para o Coritiba em jogo que pecou nas finalizações e cometeu um pênalti no fim. Assim, diante destes adversários, o aproveitamento foi de apenas 33,3%
Agora, direção, comissão técnica e elenco buscam soluções para um time que oscila e não demonstra indícios de evolução a cada rodada, o que faz da briga para deixar o Z4 ainda mais difícil.
"É normal [pressão]. Quando a equipe não ganha, nós somos os primeiros responsáveis. Hoje, obviamente, juntamente com todos torcedores, estamos muito tristes. Os jogadores também estão. Sentimos muito. Trabalhamos todos os dias para melhorar e, hoje, as coisas não foram bem. Temos de aceitar que as coisas não foram bem, trabalhar, e continuar a cada dia para ser melhor. É isso que vamos fazer. Vamos estar nessa luta sempre", disse o auxiliar Rui Mota, em coletiva ontem, após a derrota para o Furacão.
O resultado na Arena da Baixada, inclusive, fez crescer ainda mais a movimentação da torcida em prol da demissão da comissão encabeçada por Sá Pinto. Há, em parte da torcida, o entendimento que uma saída agora daria tempo para que um novo treinador desembarcasse em São Januário com alguns dias antes de já estar à beira do gramado.
Paralelamente a isso, o retorno aos gramados vai marcar o início de uma contagem regressiva da atual gestão. Jorge Salgado, presidente eleito após uma grande confusão que envolveu, inclusive, a Justiça, toma posse no próximo dia 20, ocupando o cargo deixado por Alexandre Campello.