Somente com a CBF, o Vasco quase quadriplicou sua dívida no último ano do mandato de Eurico Miranda. Saiu de R$ 3.476 milhões, em 2016, conforme publicado em balanço, para cerca de R$ 12 milhões no ano passado, de acordo com apuração do blog.
Os valores são fruto de adiantamentos de cotas a receber feitos pelo ex-presidente junto à entidade. Embora Eurico tenha ido à confederação tratar de premiações a serem recebidas pelo clube, quando ele já não era mais presidente, há pouco menos de um mês, Alexandre Campello afirma que vem negociando pessoalmente esta pendência.
Nesta semana, mais uma reunião aconteceu para discutir o pagamento. O clube tenta um parcelamento ou ainda uma redução no valor total.
REPRODUÇÃO ESPN
Gestão de ex-dirigente aumentou em quase três vezes dívida com CBF. Medida pode ferir regras do Profut
Esta e outras dívidas deixadas por Eurico deverão constar no balanço anual do Vasco, que deve ser entregue até abril. No clube, há grande expectativa para a chegada do documento, já que ano passado, a gestão não apresentou qualquer informação relativa às finanças do clube ao Conselho Fiscal.
Profut
Além de adiantamento de cotas da CBF, Eurico também adiantou valores a receber por televisionamento, entre outros. A dúvida dentro do clube é se ele descumpriu mais uma regra estabelecida pela Lei do Profut (13.155) que proíbe adiantamentos de receitas de mandatos futuros em valores superiores a 30%.
Em entrevistas recentes, como a feita ao programa Bola da Vez, da ESPN (vai ao ar às 21h30 desta terça-feira), Alexandre Campello disse que todas as receitas do clube estão comprometidas.
Além dos adiantamentos, outras regras vitais ao Profut estariam sendo descumpridas, como a obrigação de não atrasar salários e impostos. O clube ainda não pagou salário de dezembro e fevereiro, décimo terceiro, férias e direito de imagem, no caso dos atletas.
Por ter débitos com a União, a Caixa Econômica Federal não depositou ao clube a última parcela, de cerca de R$ 3,5 milhões, do acordo de patrocínio.