A tarefa de carregar o piano do time tem seu ônus, e Amaral sabe bem disso. Pouco reconhecido por torcida e até pela crítica, ele, ao lado de Ramon e Carlos Alberto, é quem praticamente não tem a vaga de titular ameaçada. Calado, o jogador goza demuito prestígio com Dorival Júnior e, aos poucos, deixa a sua marca no Vasco.
Em todo o elenco cruzmaltino, Amaral é o segundo jogador que mais vestiu a camisa do clube. Com 119 jogos, ele só perde para Léo Lima, que conta 131 partidas. Avesso a badalações e holofotes, o volante confessa que, no fundo, se sente um pouco injustiçado.
Injustiçado, até me sinto um pouco, sim. Também sou uma pessoa que não gosta de aparecermuito com a diretoria, me expor. Prefiro ficar dentro de casa. Talvez seja por isso. Poderia mudar um pouquinho mais o meu jeito de ser, mas sou assim garante Amaral.
O volante chegou ao clube em 2005. Mesmo perseguido pela torcida, persistiu no time titular até sair para o Grêmio, no fim de 2007, quando o time fez boa campanha no Brasileiro e chegou a disputar a liderança, sob a batuta de Celso Roth. Após um ano fora, quando seguiu com o treinador vascaíno para o Grêmio, Amaral voltou para participar da reestruturação do clube cruzmaltino.
Intocável no time titular, ele vê várias diferenças do clube que deixou há quase dois anos e o de agora. Mas uma salta aos olhos e o faz encher o peito de orgulho por participar da equipe atual.
São vários profissionais querendo levantar o Vasco. Neste ano existem vários jogadores querendo colocar o Vasco onde ele merece disse.