Merecidamente, Valdir Bigode passará a ficar à beira do campo, como auxiliar de Jorginho.
Assumirá o papel que havia sido de Zinho entre 2015 e 2016.
Um reconhecimento a quem entende o Vasco em sua essência.
E não decepciona, sempre que chamado a ajudar o clube.
Por isso o empate em 1 a 1 com Cruzeiro, no Mineirão, foi mais do que um bom resultado.
Muito se assemelha ao 1 a 0 sobre o Fluminense no Brasileiro do ano passado.
Um jogo que o recém-contratado Zé Ricardo assistiu das cabines, antes de assumir o time.
Exatamente como Jorginho fizera agora.
Um confronto para o qual o Vasco se preparou para contrariar as expectativas, e fez bonito.
Jogou agrupado, não se intimidou com o poder do adversário e mostrou competitividade.
Chegou até a pressionar o time mineiro no primeiro tempo, algo que não se imaginava.
Mandou bola no travessão, saiu na frente com um belo gol de Andrey e defendeu a vantagem.
Não se pode dizer que deu orgulho, tampouco condená-lo, definitivamente, ao fracasso.
O Vasco se superou, diante de ausências significativas e constantes mudanças táticas.
E isso, em boa parte, se deve ao simplório Valdir.
Não tem o estilo dos "professores", mas incorpora um perfil que agrada aos vascaínos.
Mistura o estilo caricato de Joel Santana com a personalidade forte de Antônio Lopes.
E com tal armadura resguardou a honra do clube quatro vezes campeão brasileiro.
Jorginho assume os trabalhos a partir de hoje sabendo que há lastro para a evolução.