A derrota do Vasco por 2 a 0 para o Santos fez lembrar o placar do primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. Assim como para a decisão do Estadual, o Cruz-Maltino precisará reverter um placar adverso. Para Alberto Valentim, uma coisa foi diferente: a postura que o time adotou diante do Peixe.
Se contra o Flamengo, o Vasco não apresentou um bom futebol, no jogo desta quarta-feira os visitantes na Vila Belmiro foram melhores. Ao menos segundo Valentim. Para ele o time se comportou bem na parte defensiva e conseguiu muitas vezes segurar o ímpeto do ofensivo time de Jorge Sampaoli.
- Eu falei para os jogadores que para buscarmos o título teríamos que ser muito melhores do que mostramos na primeira partida. É uma boa vantagem do Flamengo a gente não pode negar. Depois vamos jogar em casa para buscar esse resultado de hoje. É um pecado a gente tomar um gol bem no começo. O time estava bem postado, procurando não deixar que o Santos criasse oportunidade de gol.
Apesar de elogiar a defesa vascaína, Valentim reconheceu que os contra-ataques vascaínos deixaram a desejar. E se o ditado de que quem não faz leva for verdade, está aí uma explicação para que o Santos conseguisse sair na frente no início do segundo tempo.
- Devíamos ter aproveitado um pouco mais as nossas transições ofensivas. Tomamos o gol no começo, a equipe até teve uma chance de contra-ataque, que podíamos ter feito melhor. O Santos depois, eles atacam com um número grande de jogadores, acabou fazendo um gol no começo do segundo tempo.
As outras respostas na coletiva de Alberto Valentim
Dificuldades no segundo tempo
- A quilometragem muito alta, tanto de distância quanto de intensidade, então não é isso (cansaço). Falta de concentração, sim. Em alguns momentos a gente tem que ficar muito atento, porque perto da nossa área a gente tem que ter atenção redobrada. Eles conseguiram fazer um gol no comecinho, depois acharam outro gol. Mas bem diferente do jogo que tivemos contra o Flamengo no segundo tempo.
- A gente precisa fazer com que essa bola chegue mais no gol do adversário. Caprichar mais na penúltima, transformar essas jogadas de último terço em ocasiões mais claras de gol.
Seria melhor entrar com Maxi López e Lucas Santos?
- Nós colocamos um ataque para ser mais rápido, mais veloz, com a entrada do Marrony por dentro, o Yan Sasse, o Yago (Pikachu). Não conseguimos fazer os gols, mas, na minha opinião, essa era a melhor formação.
Pressão para virar o resultado?
- Pergunta que sempre acontece quando, primeiro em uma final você sai em desvantagem e, depois, em um jogo de mata-mata também. Ainda mais em uma equipe do tamanho do Vasco. Mas estou super tranquilo, o trabalho vem sendo bem feito, estamos indo para a terceira final com chances de ser campeão, e depois também de passar na Copa do Brasil.
Protestos na chegada ao Rio preocupam?
- Nós queremos que o torcedor nos ajude e que se faça presente no Maracanã para nos fortalecer, o Vasco tem uma grande torcida. Infelizmente, algumas leis não funcionam no Brasil, e alguns torcedores, nem chamo de torcedores, a gente vê repetidamente, algumas coisas poderiam ser evitadas se as leis fossem mais enérgicas. Mas tomara que o torcedor vá nos ajudar domingo no Maracanã.
Situações de Castán, Fernando Miguel e Rossi
- Nós vamos avaliar, principalmente, o Fernando e o Rossi. O Rossi já está num período de transição. O Castán acredito que esteja liberado, apto a nos ajudar. Vamos esperar os dois até sábado, Fernando fazendo a fisioterapia intensa nos três períodos, e o Rossi vamos ver se já tem condições de treinar amanhã.