Vascaíno liberado é suspeito de outro crime

Um dos torcedores vascaínos detidos após o confronto com os corintianos nas imediações da Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê, não é só suspeito da morte de Clayton Ferreira de Souza.

Leonardo Scorza Pereira, da cruzmaltina Força Jovem, encontrado depois do jogo na sede da Mancha Alviverde, prestou depoimento e foi liberado. Logo ele que participou da briga que culminou na morte do flamenguista Germano Soares da Silva, na Praça XV, centro do Rio, no fim de 2007.

Os 13 integrantes da Rua São Jorge, dissidência da Gaviões da Fiel, permanecem presos. Mas os vascaínos estão livres, pois prevalece a versão de emboscada, e por isso de defesa às agressões, comprada pela Polícia Militar (PM).

A informação só reforçou a dúvida da delegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Margarete Barreto, sobre o papel de vítima atribuído até o momento aos vascaínos.

– Os policiais (militares), no momento do conflito, não conseguiram deter o autor do problema (da morte). Foi muito tumultuado, houve uma emboscada – insiste o promotor público Paulo Castilho, que espera pelas prisões dos líderes da dissidência da Gaviões, e torcida única na final da Copa do Brasil.

A forma como os crimes foram vendidos levaram à tipificação por rixa qualificada e formação de quadrilha. E ao não envio imediato de investigadores ao Pacaembu.

No entanto, ela solicitará nos próximos dias imagens de câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) nas imediações da Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê. Cogita um encontro casual, apesar de saber da rivalidade antiga entre as torcidas.

A delegada, que não retornou as ligações do LANCENET!, também deve pedir as imagens da TV Bandeirantes que apontam supostos pertences de Clayton no meio da torcida uniformizada carioca, durante o jogo, na arquibancada do Pacaembu.

Ela estuda ainda acionar a Polícia Civil carioca para obter outros depoimentos de Leonardo e de outros integrantes da Força Jovem, para assim chegar ao responsável do principal crime.