Torcida

Vascaínos contam sobre aventuras com o título da Copa do Brasil de 2011

Há 10 anos o Vasco conquistava a Copa do Brasil, um título inédito na história do clube e que ficou marcado ainda mais por encerrar um longo jejum sem taças. Durante todo o dia, diversas entrevistas foram feitas com os jogadores que estiveram em campo. Eles já estão imortalizados na memória do Gigante da Colina e de seus torcedores, que também são campeões e precisam dar voz a essas lembranças. Pensando nisso, o Esporte News Mundo reuniu alguns relatos de vascaínos, que viveram uma verdadeira aventura para estar no Couto Pereira.

PERRENGUE COM INGRESSO E DIEGO SOUZA SALVADOR

Bernardo Santos da Silveira, 30 anos, jornalista

“Após o primeiro jogo, com a euforia ao extremo, começamos a buscar meios para ir para Curitiba. Meu irmão nunca foi de torcida organizada e eu era da Ira Jovem. Pensei em ir com a Ira como sempre, de caravana. Mas meu irmão não iria e não achei justo ir sozinho, sendo que ele que comprou meu ingresso do jogo de ida. Foi então que mais dois amigos do meu irmão se interessaram e ele começou a buscar agências (tinham muitas na época) para passagem, hospedagem e ingresso. Meu irmão fechou quatro pacotes com uma empresa e chegando lá não tinha ingresso. Na hora deu um desânimo surreal, mas para um Almirante a coragem é lei. Incentivei a todos para irmos ao estádio, alegando que no Couto Pereira daríamos um jeito. Chegando lá, para nossa surpresa, existia uma barreira policial. Demos uma disfarçada e passamos despercebidos pela primeira. Um pouco mais adiante, outra barreira! E nessa só entrava apresentando o ingresso. Chegamos a pensar que ficaríamos por ali mesmo, mas… O VASCO É PRA QUEM ACREDITA! Conseguimos mais uma vez passar despercebidos pela barreira e ali começou a nossa busca por ingressos. Entre umas desavenças e outras com cambistas, compramos 4 ingressos. UFA! Ao passar na roleta, primeiro foi o Rafael, depois o Fanor, depois Eu e por último MEU IRMÃO, que tinha organizado tudo e adivinha? O INGRESSO DELE ERA FALSO! Desenrolamos com a PM e nada. Cheguei a tomar um aperto de um policial por estar exaltado demais. Foi quando fui no “segurança da roleta” e tive que usar o carioquês com ele. Botei umas notas dobradas no bolso dele e ele liberou meu irmão pelo cantinho da roleta. A PM chegou a ver, mas não entendeu muito bem e mais uma vez tomei outro aperto dos Policiais. Ferimento leve, pois estávamos dentro do estádio. Assistimos o jogo e no final começou a chover granizo, coroando o título que conquistamos”

Foto: Arquivo pessoal Rafael Sadala, Bernardo Santos, Paulo Eduardo e Fanor Marques viveram uma verdadeira epopeia em Curitiba.
Rafael Sadala, Bernardo Santos, Paulo Eduardo e Fanor Marques viveram uma verdadeira epopeia em Curitiba.

“Saindo de lá fomos para a boate que seria comemorado o título. Zoamos o plantão e bebemos MUITO. Na hora de sair, mais uma vez saíram os dois amigos e quando meu irmão foi sair, foi barrado! O Segurança pediu a comanda. MAS QUE COMANDA? Foi quando nesse princípio de discussão me entra o Diego Souza. Bebemos um chopp com o camisa 10 e pedimos para ele liberar a nossa saída, que obviamente foi atendido. Voltamos para casa e participamos da caminhada acompanhando o time. O MELHOR DE TUDO, processamos a empresa e fomos ressarcidos em 100% de tudo que gastamos! Que dia!”

PENETRA NA FESTA, BEIJO NA TAÇA E BEBIDA LIBERADA

Guttyerre Carmo, 35 anos, comprador

“Essa taça é a original mesmo. A delegação foi para esse bar comemorar o título. O local tinha três andares e último ficou reservado para os jogadores, comissão técnica e diretoria. Só entrava com o nome na lista. Eu lembro que o segurança estava checando o nome de algumas pessoas e me deu às costa. Eu aproveitei a brecha e subi. Meus amigos não conseguiram, mas eu consegui. Além de beijar a taça, fiquei praticamente a festa toda comemorando com os jogadores e ainda comi e bebi tudo de graça”.

Foto: Arquivo pessoal Vascaíno conseguiu burlar a segurança e entrou de penetra na comemoração do Vasco, ainda em Curitiba.
Vascaíno conseguiu burlar a segurança e entrou de penetra na comemoração do Vasco, ainda em Curitiba.

ANIVERSÁRIO E TÍTULO DE PRESENTE

Vinicius Augusto Gonçalves Borges, 26 anos, estudante de Economia

“Meu aniversário de 16 anos! Falei para o meu pai que o único presente que gostaria de receber é poder ir na final em Curitiba. Faltando dois dias, ele me fala, que não apenas eu iria, como toda família também. Fomos em 7 para Curitiba… Para o melhor e mais feliz dia da minha vida! VASCO!”.

Foto: Arquivo pessoal Vinícius pediu como presente de aniversário estar na final da Copa do Brasil.
Vinícius pediu como presente de aniversário estar na final da Copa do Brasil.

SOZINHO, SEM INGRESSO E ESPOSA GRÁVIDA EM CASA

Marcus Vinicius Lacerda de Barros, 39 anos, empresário

“Desde o jogo anterior, não só eu, como a torcida inteira, ficou na expectativa pelo título inédito. No apito final já começou a saga para o ingresso do jogo, em Curitiba. Se não me engano, a preferência era para os sócios, e na época eu não era. Comecei a fazer contatos com amigos da torcida organizada e ninguém tinha nada. Aí como estava de férias, resolvi dar uma de maluco. Minha esposa atual, na época namorada e grávida de 5 meses, trabalhava na Gol. Então ela tinha um benefício de passagem mais barata. Ai comecei a pensar: “Tô de férias, passagem barata, vou pra Coritiba assim mesmo”. Levei uns R$ 200 para comprar em cambista. Na pior das hipóteses ia ver o jogo no bar por lá e voltaria no dia seguinte cedo. Cheguei no aeroporto por volta de 19h. Só tinha vascaíno no voo. Me juntei com mais três e fomos para o estádio. Aí começou a saga por ingresso. Hora correndo e nada. Faltando uns 20 minutos para começar o jogo apareceu um abençoado dizendo que um amigo não conseguiu ir e tinha um ingresso para vender pelo mesmo preço da bilheteria. O que sobrou do dinheiro virou cerveja. Após o jogo ficamos até 2h da manhã no Couto Pereria. De lá fui para o aeroporto, cochilei e quase perdi o voo de manhã cedo. Mas deu tudo certo. Desci no Rio e já estava aquela muvuca no Santos Dumont. Não pude ficar na festa pois a mulher grávida me esperava”.

Foto: Arquivo pessoal Torcedor separou R$ 200 para o ingresso, mas acabou comprando mais barato.
Torcedor separou R$ 200 para o ingresso, mas acabou comprando mais barato.

SALVO POR UM DESCONHECIDO E CONFUSÃO PARA ENTRAR

Roberto Raposo, 37 anos, consultor de vendas

“Sou de Maringá-PR e para conseguir ver o jogo precisei ir à Curitiba na quinta-feira anterior ao jogo para comprar os ingressos. Lá na fila, soube que para comprar os 2 ingressos, precisaria estar com dois RGs(e não somente o meu). Por uma sorte do destino (a mesma que desviou aquela bola do Éder Luís) o rapaz que estava na minha frente tinha chamado um amigo para acompanhá-lo na fila e o mesmo não ia comprar, daí acabou me emprestando o RG dele para eu comprar o ingresso da minha irmã. Na quarta-feira seguinte voltamos para Curitiba e quando chegamos ao estádio minha irmã se assustou com a desorganização na entrada visitante (espaço pequeno e muita gente empurrando para entrar) e queria desistir… me lembro de ter dito duas coisas para ela: ‘Se está difícil ir à favor, imagina ir contra essa multidão’ e ‘sabe-se lá quando teremos essa oportunidade de novo’. No dia seguinte, encontramos o Fernando Prass no aeroporto de Curitiba e aproveitei para tirar uma foto com a Muralha da Colina”.

Foto: Arquivo pessoal Renato com Fernando Prass e com a irmã, Renata.
Renato com Fernando Prass e com a irmã, Renata.

Fonte: Esporte News Mundo
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