A diretoria do Vasco apresentou uma proposta de recuperação judicial do clube em reunião nesta quarta-feira, no Conselho Deliberativo, mas não foi possível votar se o tema iria adiante.
Como houve questionamentos e pedidos de esclarecimentos por parte dos conselheiros, o presidente do Code, João Riche, suspendeu a sessão. E o clube ficou de fazer os esclarecimentos.
O encontro foi tenso, com bate-boca no final. Em função da discordância sobre o tema, uma nova reunião deve acontecer antes do Natal para a aprovação do pedido de recuperação judicial. Presente na sessão, o ex-presidente Jorge Salgado foi contra.
A direção do Vasco avaliou as movimentações do fluxo de caixa do clube para entender o melhor momento para entrar com o pedido. O movimento precisa acontecer antes do avanço da venda da SAF para um novo investidor.
Com a recuperação judicial, o clube vai desbloquear os ativos usados como garantia para pagamento de dívidas, como a sede do Calabouço. Nesse processo, a Justiça tem que aprovar um plano detalhado de pagamento aos credores e previsão de recursos. Por isso, o Vasco aguarda ter o caixa com dinheiro para quitar as dívidas.
Em outubro, a SAF do clube anunciou, através de Carlos Amodeo e Pedrinho, CEO da SAF e presidente, que iniciaria um processo de mediação com seus credores. A movimentação foi acompanhada de uma medida cautelar visando a evitar penhoras e execuções.