Na negociação que levará Luan para o Palmeiras, o Vasco vai manter parte dos direitos econômicos do jogador. O percentual não foi revelado pelo clube, mas internamente é tratado como algo interessante e que pode gerar lucro numa futura venda do defensor.
Atualmente, Vasco tem 55% dos direitos de Luan – o restante é dividido entre o jogador e seu empresário. O Palmeiras vai pagar R$ 10 milhões, divididos em cinco parcelas, para contar com o zagueiro. O valor é bancado pela Crefisa, patrocinadora alviverde – na compra de Borja, por exemplo, o Atlético Nacional também manteve um percentual.
Num programa de rádio na Internet, o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Sérgio Frias, confirmou a intenção do clube de manter percentual dos direitos de Luan e deu detalhes do negócio:
- O Vasco tem 55% dos direitos econômicos de Luan, e ele tem 45%. Isso (divisão de direitos) foi feito lá atrás, na outra gestão. O que o Vasco busca é uma proteção futura. Como se dará essa proteção futura? Se dará com o Vasco não fazendo com que todo valor percentual (vendido) do atleta seja dado nessa negociação do clube com o Palmeiras. Ou seja, parte desses valores ele recebe, e ele mantém percentual para futura negociação pelo Palmeiras – explicou Frias.
Assédio de outros clubes
Luan desperta o interesse de outras equipes brasileiras há um tempo. No início de 2016, ele foi procurado pelo Flamengo, mas optou por renovar com o Vasco. No mesmo período, o Palmeiras teve rejeitada proposta de 3 milhões de euros. O Corinthians foi outro a sondar o jogador.
Desde 2006 no Vasco, Luan é visto como um dos jogadores de maior mercado no clube. Ele foi campeão olímpico em 2016 e convocado por Tite para a Seleção principal em janeiro de 2017, para o amistoso com a Colômbia.
Atualmente, o zagueiro se recupera de uma fratura no pé direito e tem previsão para voltar a treinar em cerca de duas semanas. O jogador fará exames médicos pelo Palmeiras antes de a venda ser sacramentada.