Primeiro foi André Dias. Depois, Abedi. Leandro Amaral foi sondado por clubes árabes, mas recusou. Com o mercado estrangeiro se aquecendo, o Vasco começa a perder seus principais jogadores. Algo normal, um problema enfrentado por todos os clubes brasileiros. E a próxima vítima pode ser Morais.
O meia, destaque do time nos últimos tempos, está sendo procurado por clubes europeus. Até aí, nenhuma novidade. É algo que acontece desde o ano passado. Mas as últimas duas propostas que chegaram foram boas e estão sendo analisadas.
Morais não está participando do processo. Prefere não se envolver e se concentrar na recuperação da lesão no púbis direito, que o tirou dos últimos três jogos do Vasco contra Grêmio, Botafogo e São Paulo. Ele também não vai enfrentar o Cruzeiro, neste sábado, no Mineirão.
Concentrado em São Januário de segunda a sexta para acelerar o tratamento e voltar mais rápido ao time, o meia deixa o futuro entregue nas mãos do empresário Fabiano Farah, que também cuida da carreira de Ronaldo.
- É muito importante dizer que o Morais não quer sair do Vasco. O foco dele é o clube, que é um pilar para jogar na seleção brasileira. Ele está em São Januário desde os 12 anos e quer voltar logo a jogar - diz Fabiano, que admite ser um processo natural a ida do camisa 10 para o exterior.
- Todo jogador que se destaca no Brasil é assediado pelos clubes europeus e vai para o exterior. O Morais tem um projeto de jogar em um grande clube europeu, de disputar uma Copa da Uefa ou a Liga dos Campeões, que sempre dá muita visibilidade ao jogador. Como ele está se destacando, é natural chegarem propostas. Mas ela é sempre analisada pelo Vasco. O clube dando o ok, aí começamos a ver se é de interesse do atleta antes de formalizar a negociação - explica.
Morais tem contrato até 2011 e multa rescisória é de R$ 24 milhões
Morais já esteve perto de sair do Vasco em dezembro do ano passado. O meia recusou uma proposta de R$ 14 milhões do Red Bull Salzburg, da Áustria. O jogador, receoso de ficar esquecido em um país com pouca tradição no futebol, preferiu permanecer na Colina.
O Vasco já fez a sua parte para se proteger do assédio dos clubes estrangeiros. Renovou o contrato de Morais até 2011 e estipulou a multa rescisória em nove milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões). Se algum time chegar e pagar o valor, o Vasco não pode segurar o camisa 10, que não tem passaporte comunitário e ocuparia uma das três vagas de estrangeiros permitidas pela Uefa por clube se for jogar na Europa.