Vasco aparece em 14º no ranking de pontuação desde 2003

Em sete anos da atual forma de disputa no Campeonato Brasileiro, em turno e returno sem finais, não é de se espantar que o São Paulo seja o maior pontuador, já que somou três títulos, dois terceiros lugares e um 11º em 2005, além da atual vice-liderança geral da competição. Vale lembrar que, no único ano em que não ficou entre os três primeiros, o Tricolor Paulista foi campeão da Libertadores e, portanto, já tinha vaga assegurada no torneio continental do ano seguinte. Mas o time de Ricardo Gomes está prestes a conseguir um feito histórico: ser a primeira equipe a completar 500 pontos de 2003 até hoje, no período mais conhecido como era dos pontos corridos.

- Essa marca mostra a força do clube e o resultado de um trabalho que começou lá em 2003. São sete campeonatos até então e este é um registro considerável, muito importante para o São Paulo - afirmou o atual treinador, precedido por Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Emerson Leão, Cuca, Roberto Rojas e Oswaldo de Oliveira, sem contar algumas partidas dirigidas por Milton Cruz como interino.

Durante todo este período a camisa 1 sempre teve um dono. Rogério Ceni é o ídolo maior de um clube que aprendeu a se preparar e jogar o Brasileirão como nenhum outro. Os resultados provam isso. O goleiro, no entanto, está tão ligado na disputa atual que, mesmo feliz com o possível feito tricolor, só pensa em vencer o jogo deste sábado, contra o Flamengo, no Maracanã, para encostar no líder Palmeiras.

- Apesar de o clube ter tantos pontos na história da competição, pelo momento se faz necessário que a gente ultrapasse essa marca já, pois este ano está tudo mais complicado - afirmou Ceni.



Logo atrás do São Paulo está o rival Santos, que, graças à vitória sobre o Sport, no Recife, chegou a 445 pontos. Apenas oito times disputaram todos os campeonatos da Série A desde 2003: além dos dois paulistas, Internacional, Cruzeiro, Goiás, Flamengo, Atlético-PR e Fluminense. Não por acaso estão no topo desta tabela de pontuação histórica. Apenas o Tricolor carioca, bastante ameaçado pelo rebaixamento neste ano, fica atrás de uma equipe que jogou a Série B. O Palmeiras, atual líder do Brasileirão, soma 370 pontos em 230 jogos contra 358 em 276 partidas do Flu.


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O primeiro time atualmente fora da Série A que aparece nesta lista não é o Vasco, líder da Segundona que ocupa o 14º lugar, e sim o Figueirense em 11º. Ambos caíram no ano passado e, se os cruzmaltinos estão na primeira posição, os catarinenses seguem na briga, pois estão em quinto a dois pontos do G-4.

Entre os 12 clubes de maior torcida do país, o Botafogo é mais distante do topo com a sua 15ª posição e 300 pontos, mas vale ressaltar que todos os times acima do Alvinegro têm mais partidas disputadas. Das equipes com um ano na Primeira Divisão, o último da lista é o América-RN com seus parcos 17 pontos em 38 jogos.



O primeiro ponto do Tricolor Paulista

Para chegar aos 497 pontos, o São Paulo teve que lutar muito até agora. E o primeiro pontinho foi suado e bem longe do Morumbi. No dia 30 de março de 2003, pela 1ª rodada do Brasileirão, o Tricolor foi a Caxias do Sul encarar o Juventude e conseguiu um empate por 2 a 2, no estádio Alfredo Jaconi (relembre como foi a partida no vídeo ao lado).

- Lembro bem daquela partida em Caxias, em um dia bonito. O Hugo, que era nosso adversário, fez 1 a 0, foi um golaço da entrada da área, uma pancada. Nós viramos e sofremos o empate com um gol de cabeça no finalzinho do jogo - recordou Rogério Ceni, o único do atual elenco que esteve em campo.

Depois do gol de Hugo, dois jogadores de seleção viraram o jogo: Luis Fabiano, de pênalti, e Júlio Baptista no início do segundo tempo, mas Geufer empatou aos 44 minutos. O São Paulo, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, jogou com: Rogério Ceni; Gabriel, Jean, Gustavo Nery e Fabiano; Fábio Simplício, Júlio Baptista, Ricardinho e Marco Antônio (Marcelo Gallo); Reinaldo (Júlio Santos) e Luis Fabiano.

Rogério Ceni ainda fez questão de dar apoio total à atual forma de disputa, que considera a forma certa de se apurar o campeão nacional.

- Estou gostando muito dos pontos corridos, pois é a maneira mais justa e correta de se disputar o Brasileiro. Seria uma pena se alguém pensasse em mudar, pois as equipes se preparam mais do que em outro sistema. Há maior organização nos clubes e crescimento na administração destes - complementou.