A cinco dias do fim do primeiro semestre, que marca o prazo de mudanças de cenário prometidas pela diretoria, o Vasco espera que esta semana seja, finalmente, a decisiva para conseguir o aguardado acordo com a Fazenda Nacional. A expectativa já era alta na última sexta-feira, quando o presidente Roberto Dinamite, o diretor geral Cristiano Koehler e o diretor jurídico Gustavo Pinheiro voaram novamente para Brasília, mas naquela ocasião ainda não foi possível a formalização do acordo. Nesta manhã de quarta-feira, novamente a comitiva vascaíno vai à capital federal para buscar entendimento na longa negociação com o órgão do governo. Pela obtenção das certidões positivas com efeito de negativa, o Vasco oferece pagamento de R$ 20 milhões de entrada, que é o valor já bloqueado pela Justiça.
Segundo informações obtidas pelo GLOBOESPORTE.COM, o Vasco deve pagar mensalmente cerca de R$ 500 mil - mesmo valor do ato assinado com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para pagamento de passivo trabalhista - pela dívida total de mais de R$ 170 milhões com a Fazenda (em dívida ativa hoje o valor é de R$ 52 milhões). Com o passar dos anos, a parcela de pagamento do clube para a Fazenda, porém, deve aumentar. O Flamengo obteve um acordo com Procuradoria Geral da Fazenda Nacional em moldes semelhantes.
Enquanto as certidões não saem, o clube busca outras fontes de recurso para realizar pagamento de pelo menos um mês de salário atrasado. Até o fim da semana, o Vasco vai pagar o mês de abril e no fim da semana seguinte, até o dia 5 de julho, paga o mês de maio.
Porém, a regularização do pagamento de salários em São Januário só vai existir com as CNDs e o fim das penhoras, o que permitirá o Vasco receber receitas de novos contratos. O patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Nissan, considerados praticamente certos, também dependem das certidões, assim como novas contratações.