Há sete jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, nada melhor para o Vasco do que encarar hoje, às 16h, na Kyocera Arena, em Curitiba, o seu maior freguês nesta temporada. Até hoje, o time cruzmaltino já encarou o Atlético-PR três vezes em 2007, duas pela Copa Sul-Americana e uma pelo Brasileiro. E o resultado foi vitória cruzmaltina em todas elas.
O retrospecto é animador, mas não há sequer resquício de empolgação no time vascaíno. Pelo contrário.
Se antes lutava por uma vaga na Copa Libertadores, agora a equipe já se preocupa com a aproximação do pelotão de baixo da tabela em caso de novo tropeço no Brasileiro.
O próprio Furacão, rival de hoje, pertence ainda ao pelotão de baixo da competição, cujo único sonho é, apenas, se ver livre do fantasma do rebaixamento.
Mas uma simples derrota hoje,em Curitiba, poderá deixar o Vasco, embora com um jogo a menos, atrás do próprio Furacão. Embora não considere que o time leve vantagem por já ter enfrentado e vencido o Atlético-PR três vezes neste ano, Roth já recomendou aos vascaínos: nada de ser bonzinho com os adversários.
– De algumas partidas para cá, Vasco passou a ser um time bonzinho com os rivais e isso não pode acontecer mais. Por outro lado, maturidade vem ao passarmos por dificuldades. E é assim que temos de encarar – disse Celso Roth em entrevista à Rádio Globo.
Certo é que o jejum de vitórias incomoda muito. Do time escalado na derrota para o Juventude na última quarta-feira para a formação que encara o Atlético-PR são nada menos do que cinco alterações.
Duas pelas ausências de Perdigão e Wagner Diniz, suspensos, e uma pelo retorno de Leandro Amaral, que volta de suspensão.
Apesar de ter revelado esperar um jogo de forte pegada hoje, Roth deposita esperança na dupla formada por Leandro Amaral, de muita movimentação, e o jovem Alan Kardec, geralmente mais fixo na grande área.
– O Vasco ainda tem 30 pontos em disputa e eu ainda acredito em um futuro melhor – disse o técnico.
Mas para a torcida voltar a acreditar, aumentar a freguesia contra o Furacão hoje será fundamental.
Outras freguesias
Em 2006. Em cinco partidas diante do Flamengo no último ano, o Vasco venceu três. As outras duas acabaram em derrota, justamente as partidas da final da Copa do Brasil contra o rival.
Em 2002. Novamente, o flamengo foi freguês do Vasco. Foram quatro Clássicos dos Milhões disputados naquele ano. O Vasco venceu três e empatou apenas um.
Em 2003. Contra o Fluminense, o Vasco levou ampla vantagem no último ano em que conquistou um título, diante do próprio Tricolor.Nesta época, foram cinco clássicos, com três vitórias vascaínas e dois empates entre os clubes.