O Vasco conseguiu um alívio no cumprimento de parte das suas obrigações financeiras no período de redução de receitas por conta da pandemia do novo coronavírus. Após negociação, a direção acertou a prorrogação por 60 dias - sem a incidência de juros - do pagamento de parcelas de empréstimos feitos com os bancos BMG e Safra.
Trata-se da segunda ação deste tipo. No começo do mês de abril, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a quitação mensal de R$ 2 milhões referente ao Ato Trabalhista foi suspensa também por 60 dias.
A gestão do presidente Alexandre Campello ainda tenta celebrar novos acordos do gênero. Uma iniciativa importante, afinal, dada a crise financeira pela qual atravessa, com constante atraso salarial, a contratação de empréstimos costuma ser uma saída recorrente.
Na proposta orçamentária para a temporada 2020, por exemplo, o Vasco informou a necessidade de contrair R$ 44,9 milhões em empréstimos. Destacou ainda o plano de pagar R$ 181,7 milhões em juros, amortizações e acordos.
Os contratos firmados com BMG, este patrocinador master do clube, e Safra foram detalhados na Demonstração Financeira de 2018 - a de 2019 ainda não foi publicada. Na época, as condições eram as seguintes:
BMG (1º contrato): Vasco devia, ao final de 2018, R$ 24,4 milhões. Vencimento do parcelamento seria em dezembro de 2022.
BMG (2º contrato): Vasco devia, ao final de 2018, R$ 13,5 milhões. Vencimento do parcelamento seria em janeiro de 2024.
Safra: Vasco deveia, ao final de 2018, R$ 12,1 milhões. Vencimento do parcelamento seria em abril de 2019.