O Fluminense tem Fred, mas quer um para o lugar de Washington, que encerrou a carreira;
O Flamengo tem Deivid, mas quer outro que possa brigar pela posição;
O Botafogo tem Loco Abreu, mas quer um reserva que o substitua com eficiência;
E o Vasco tem Marcel, mas ainda procura, à boca miúda, um nome que embale melhor o seu produto.
Ou seja: está aberta a temporada de caça ao goleador.
E a carência vem sendo sentida também pelos grandes clubes de São Paulo.
Clubes que, com exceção do Palmeiras, também correm atrás de um artilheiro.
A escassez de bons nomes rege o mercado: quem tem não quer vender, e quem aceita negociar pede valores exorbitantes.
Sem opções, os dirigentes cariocas têm voltado suas atenções para o futebol jogado em países como Argentina, México, Uruguai, Colômbia, Paraguai e Chile.
Os DVDs não param de chegar e a força do real frente às outras moedas facilita o negócio _ com exceção do México, onde as boas opções têm salários dolarizados.
É grave a crise.
Não sei bem o que pode estar havendo, mas fato é que analisando a artilharia do Campeonato Brasileiro da última década pude contar apenas quatro nomes acima da média entre os doze que pontificaram nas dez últimas edições: Romário, Luís Fabiano, Washington e Adriano.
Os outros (Rodrigo Fabri, Dimba, Souza, Josiel, Keirrison, Kleber Pereira, Diego Tardelli e Jonas) apenas tiraram proveito de um bom momento.