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Vasco contribuiu com 6,7% na arrecadação total de ingressos no BR

Dez dias após o término do Brasileirão, algumas torcidas ainda festejam seus bons resultados, enquanto muitas lamentam um ano que se mostrara mais promissor do que de fato foi. Mas as análises a respeito do balanço financeiro do campeonato continuam a pleno vapor – afinal, é com dinheiro em caixa que se descobre as reais possibilidades para contratações de ínicio de temporada.

Matéria do Globoesporte.com revela que após sucessivos aumentos no ticket médio, o campeonato de 2011 apresentou estabilidade na média de preços dos ingressos. Eis uma compilação da receita bruta total (arredondada), junto ao ticket médio e à participação percentual de cada clube na arrecadação total:

1º Corinthians R$ 19.200.000,00 R$ 34,45 16,34%
2º São Paulo R$ 11.300.000,00 R$ 27,72 9,62%
3º Bahia R$ 9.900.000,00 R$ 23,00 8,43%
4º Flamengo R$ 8.000.000,00 R$ 20,45 6,81%
5º Vasco R$ 7.900.000,00 R$ 24,48 6,72%
6º Palmeiras R$ 6.200.000,00 R$ 25,77 5,28%
7º Grêmio R$ 5.900.000,00 R$ 19,62 5,02%
8º Coritiba R$ 5.700.000,00 R$ 16,73 4,85%
9º Fluminense R$ 5.700.000,00 R$ 20,24 4,85%
10º Botafogo R$ 5.600.000,00 R$ 18,30 4,77%
11º Internacional R$ 5.500.000,00 R$ 16,02 4,68%
12º Atlético-PR R$ 4.500.000,00 R$ 17,62 3,83%
13º Atlético-GO R$ 4.200.000,00 R$ 23,25 3,57%
14º Santos R$ 3.700.000,00 R$ 21,84 3,15%
15º Figueirense R$ 3.300.000,00 R$ 15,10 2,81%
16º Cruzeiro R$ 2.800.000,00 R$ 14,22 2,38%
17º Ceará R$ 2.800.000,00 R$ 10,80 2,38%
18º América-MG R$ 1.800.000,00 R$ 20,03 1,53%
19º Atlético-MG R$ 1.800.000,00 R$ 6,67 1,53%
20º Avaí R$ 1.700.000,00 R$ 13,28 1,45%
TOTAL R$ 117.500.000,00 100,00%

Coluna 1- Receita bruta
Coluna 2- Ticket Médio
Coluna 3- Participação (%)

Em um processo que vem se aprofundando desde o ano passado, o Corinthians se consolidou como o grande trem-pagador da Série A do Brasileirão. Líder absoluto na geração de receitas, o alvinegro arrecadou mais do que Santos, Figueirense, Cruzeiro, Ceará , América-MG e Atlético-MG somados. Seus 16,34% de participação são quase o dobro do segundo colocado, e a arrecadação próxima dos R$ 20 milhões constitui novo recorde de bilheteria na história do campeonato nacional. Além disso, o clube ainda foi líder no ticket médio, sendo o único a ultrapassar (e muito) a casa dos R$ 30.

A seguir, temos o São Paulo e um perfil bastante concentrado em suas receitas: apenas duas partidas foram responsáveis por 37% dos R$ 11,3 milhões arrecadados. Foram elas: o milésimo jogo de Rogério Ceni (São Paulo 2 x 1 Atlético-MG, público – 60.514, renda – R$ 1.566.195,00) e a reestreia de Luis Fabiano (São Paulo 1 x 2 Flamengo, público – 63.871, renda – R$ 2.647.330,00). Mesmo prejudicado pela má campanha e as obras no Palestra Itália, o Palmeiras surge na respeitável sexta colocação.

O Santos, como já é tradição, ocupa a parte de baixo da tabela (14º), faturando menos do que times do porte do Atlético-GO. Apesar de não ter levado tão a sério o campeonato, é urgente que o Peixe considere a possibilidade de uma nova arena, sob pena de ver minguarem seus recursos. Não é aceitável que um clube que se encontra próximo ao título mundial contente-se com bilheterias inferiores a 20% do arrecadado pelo rival Corinthians.

A boa nova do Brasileirão veio da boa terra – com o perdão do trocadilho. Empurrado por uma massa sempre presente, o Bahia ocupou a terceira colocação, próximo aos R$ 10 milhões arrecadados. Cabe exaltar o fato de que, apesar do senso em contrário, a torcida tricolor demonstrou excelente poder aquisitivo: seu ticket médio de R$ 23 só foi inferior aos clubes paulistas, ao Vasco e ao Atlético-GO, outra surpresa.

Por falar em cariocas, a parada foi dura entre eles. Tanto Flamengo e Vasco (quarto e quinto, respectivamente) quanto Fluminense e Botafogo (nono e décimo) ficaram separados por cerca de R$ 100 mil, apenas. O Fla – que nos tempos de Maracanã costumava liderar o ranking de bilheterias – vê seus recursos se reduzirem com o advento do Engenhão, apesar de sua capacidade ser maior do que a do Pacaembu. A boa campanha e o estádio próprio fizeram o Vasco maximizar seus lucros, liderando o ticket médio do estado (R$ 24,48). Sempre com aquela sensação de que São Januário poderia (e deveria) ser maior.

Se três dos quatro grandes do Rio jogaram sem o Maracanã, não se pode negar que os maiores prejudicados pelas obras da Copa sejam os mineiros. Tendo que se deslocar no mínimo até Sete Lagoas, Cruzeiro, América e Atlético estão entre os cinco que menos faturaram em 2011. Mas se o Coelho surpreende pelo ticket médio (R$ 20,03), não se pode esquecer que a partida jogada em Uberlândia contra o Corinthians (e um estádio cheio de visitantes) respondeu por incríveis 52% da arrecadação total do clube.

Ainda em Minas: não existe desculpa plausível para a resignação dos atleticanos com a filosofia adotada pela diretoria do clube. Com ingressos na faixa dos R$ 5 (e ticket médio de R$ 6,67), o clube conseguiu arrecadar menos que o América-MG – o que não condiz com sua condição de time grande, nem com os altos custos do futebol nos dias de hoje. A extinção do departamento de marketing do Galo vem como a pá de cal para um clube que flerta perigosamente com o segundo rebaixamento em menos de 10 anos.

É sempre bom lembrar que projetos de sócio-torcedor – quando vislumbram direito a ingressos ou descontos – prejudicam a bilheteria de clubes que os adotam. Isto se vê mais claro no caso dos gaúchos Grêmio (7º colocado) e Internacional (11º).

Sob a ótica das unidades federativas:

SP 34,38% 33,47% R$ 27,45
RJ 23,15% 10,92% R$ 20,87
RS 9,70% 6,66% R$ 17,82
PR 8,68% 5,87% R$ 17,18
BA 8,43% 4,23% R$ 23,00
MG 5,45% 8,86% R$ 13,64
SC 4,26% 4,01% R$ 14,19
GO 3,57% 2,64% R$ 23,25
CE 2,38% 2,03% R$ 10,80

Coluna 1- Participação nas receitas
Coluna 2- Participação no PIB
Coluna 3- Ticket médio

A comparação com a participação no PIB é meramente ilustrativa – apenas nove estados tinham representantes na série A. Percebe-se que a maioria deles teve participação nas receitas superior ao que representam na economia, principalmente nos casos de RJ, RS, PR e BA. Apenas Minas teve participação inferior ao seu peso econômico. No caso do ticket médio, o fato da Bahia e de Goiás terem apenas um representante enviesa e dificulta a análise. Com quatro participantes cada, São Paulo e Rio foram aqueles que transpuseram a média de R$ 20 no preço dos ingressos.

Fonte: -
  • Sábado, 19/10/2024 às 18h30
    Vasco Vasco 1
    Atlético-MG Atlético-MG 1
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    Vasco Vasco
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