O Vasco mantém a intenção de mandar mais jogos no Maracanã. Assim que as competições forem retomadas, após a suspensão provocada pela pandemia do novo coronavírus, a direção voltará a negociar as condições para tal.
Foi na sexta-feira, durante transmissão ao vivo na Vasco TV sobre novidades no planos de sócios, que Claudio Rial, vice de comunicação, confirmou a ideia. Antes do surto de Covid-19, o presidente Alexandre Campello já tinha o plano de tirar alguns compromissos de São Januário.
- O planejamento era de jogar mais no Maracanã (em 2020), era uma posição bastante firme da direção. O Campello ia e vai brigar dentro do calendário para o Vasco jogar mais no Maracanã. O Vasco é o único clube do Rio que tem dois estádios e pode buscar as melhores condições para não ter prejuízo - disse o dirigente.
Excluindo o Carioca, competição na qual enfrentou Flamengo e Fluminense, o Vasco só jogou uma vez no Maracanã em 2020: diante do ABC, pela Copa do Brasil. Colocou 29,9 mil pagantes e amargou prejuízo de R$ 143 mil. A intenção da direção era levar 60 mil pessoas ao confronto.
A equação para operar no azul é complicada. No Maracanã, administrado por um consórcio formando pela dupla Fla-Flu, o Vasco tem de pagar um aluguel de R$ 90 mil. Além disso, o custo de operação é consideravelmente maior do que em São Januário.
- A concessão é de dois rivais nossos, então, nem sempre é uma negociação fácil. Após a pandemia, teremos muitos jogos em um espaço menor, então, não sei como será isso - acrescentou Eduardo Sá, diretor do plano de sócios do Vasco.
Atender o associado é um dos motivos de levar mais jogos ao Maracanã. Quando atingiu a marca de 188 mil sócios, o Vasco tinha um quadro social nove vezes maior do que a capacidade de São Januário. Além disso, aumentou o número de cadastrados fora do Rio, o que pode fazer a direção a mandar partidas em outras praças. Exemplos: são 9 mil sócios no Espírito Santos e 6 mil em Brasília.
- Eventualmente temos de jogar em outras praças - confirmou Eduardo Sá.