Após briga judicial travada desde o início do ano entre Leandro Amaral e o seu ex-clube (cujo contrato, entretanto, é o que vale) Vasco, o Fluminense finalmente começa a costurar um acordo para resolver a pendenga e ficar com o jogador. Inicialmente, o presidente interino do Vasco, Eurico Miranda, não abre mão que o Fluminense pague a multa recisória de R$9 milhões para o Flu obter o jogador, mas a diretoria tricolor, que antes apostava na resolução da questão pela Justiça, já sonda membros da diretoria vascaína para um acordo em valores mais baixos. Nesta segunda-feira, no jantar em que foram escolhidos os 11 gols mais bonitos de Romário, o presidente do Fluminense Roberto Horcades iniciou os contatos com o vice de futebol vascaíno José Luís Moreira e outros membros da cúpula cruzmaltina.
"Por ocasião do júri do Romário, tivemos ontem reuniões múltiplas com o pessoal do Vasco. Falei com o vice do clube (José Luís Moreira) e mostramos a necessidade de resolver a situação, pela figura humana do atleta", revelou Horcades, em entrevista à Rádio Globo.
O presidente tricolor também revelou que, paralelamente aos seus contatos com a cúpula vascaína, o presidente da Unimed, patrocinadora do clube, já conversa com o advogado de Leandro Amaral para discutir a questão.
"As negociações evoluíram, fui para São Paulo, estou voltando agora, mas já estamos reunidos para resolver isso", disse.
Já informações da Rádio Globo dão conta de que o Flu faria proposta ao Vasco de, em vez de arcar com os R$ 9 milhões, pagar a quantia referente aos salários e encargos trabalhistas referentes ao ano de 2008 (período de contrato de Leandro Amaral com o Vasco - cerca de R$ 1,5 milhão). O dinheiro sairia dos cofres da Unimed, que já paga os salários dos três tenores contratados esse ano (Leandro Amaral Dodô e Washington).