Por conta da pandemia do coronavírus, a eleição do Vasco que - em tese - acontecerá no fim do ano, ainda segue sem data. Porém, mesmo com a indefinição, os grupos políticos se articulam cada vez mais na corrida eleitoral e o cenário já aponta até sete candidatos caso todas as movimentações confirmem suas candidaturas.
Atualmente, os postulantes ao cargo máximo do clube se dividem em três categorias: os que já anunciaram que irão disputar, quem já está praticamente confirmado e os que podem surgir. Veja abaixo:
Confirmados
O primeiro a confirmar candidatura foi Luiz Roberto Leven Siano. O advogado, inclusive, já faz campanha desde o fim do ano passado e tem agitado as redes sociais com promessas de investimento e contratações de peso, como aconteceu na semana passada, quando divulgou que anunciaria um reforço de renome internacional, algo que não se concretizou.
Em abril, foi a vez do empresário Fred Lopes anunciar que irá disputar o pleito. Em seu currículo estão a vice-presidência de futebol, nos primeiros meses da gestão Alexandre Campello, e também a vice-presidência de patrimônio, quando o Vasco foi presidido por Roberto Dinamite.
Lopes rompeu com a administração Campello ainda no início do mandato por não concordar com as diretrizes do gestor. De lá para cá, formou seu grupo e tem feito reuniões e planejamentos periódicos.
No início deste mês, Luis Manuel Fernandes informou que se candidatará. Ex-presidente do Conselho Deliberativo na gestão Eurico Miranda, o grande benemérito carrega em seu currículo ter sido secretário-executivo do Ministério do Esporte (gestão Dilma) — durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014 — e secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (gestão Lula). Ele conta com o apoio de muitos beneméritos do clube.
Praticamente confirmado
Uma figura já conhecida do torcedor vascaíno que está praticamente confirmada é Julio Brant, que disputou as duas últimas eleições e chegou a vencer na votação entre os sócios em 2017, perdendo o posto para Campello no pleito do Conselho Deliberativo, após o rompimento da aliança por parte do atual mandatário.
A estratégia de seu grupo político, o "Sempre Vasco", é diferente da dos que já se lançaram. Seus partidários entendem que não é o momento de se fazer campanha em meio ao delicado momento de enfrentamento ao coronavírus no mundo. Nos bastidores, porém, a chapa segue se articulando e, tão logo a situação da pandemia melhore, partirá para uma divulgação incisiva.
Quem pode surgir
Outrora com sua tentativa de reeleição praticamente certa, Alexandre Campello ainda tem sua participação na eleição vista como indefinida. Por conta dos problemas atuais enfrentados, o mandatário e seus apoiadores ainda avaliam se vale a pena disputar o pleito ou lançar outro nome para ser o candidato da situação.
Integrante do Casaca!, grupo político que sempre apoiou Eurico Miranda, Sérgio Frias avalia sua candidatura. Ele tem prestígio, principalmente, junto a beneméritos e os sócios classificados como "Euriquistas". Ano passado, seu grupo rompeu e os dissidentes formaram outro partido.
Há ainda um bloco que se juntou recentemente, formado por dissidentes da Sempre Vasco e da gestão de Alexandre Campello, que avaliam ainda o nome a se lançar. Entre os mais cotados estão os empresários Jorge Salgado e Vitor Roma e o ex-vice de controladoria, Adriano Mendes.
Análise da lista de sócios paralisada
Paralelamente às movimentações dos grupos políticos, as burocracias para se fazer valer a eleição estão paralisadas, segundo o presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o Mussa, responsável por conduzir o pleito.
Em nota oficial protocolada na secretaria do clube no última dia 8, Mussa alega que não tem tido acesso à lista de sócios totais, além de movimentações financeiras dos mesmos, anistias e transferências de títulos.
Por conta de decreto, o presidente da Assembleia Geral está impedido também de acessar à secretaria vascaína.
Além da eleição em si, Faues Jassus precisa convocar o pleito para chancelar as diretas, aprovadas no Conselho Deliberativo.
Tudo isso, vale lembrar, também fica à mercê de como se conduzirá o combate ao coronavírus no Brasil e no Rio de Janeiro.