O Vasco deve confirmar nesta sexta-feira a contratação de Robinho, que vai assinar contrato de um ano de duração. A diretoria decidiu dar uma nova oportunidade ao jogador de 25 anos que chegou a São Januário em 2009 ao lado de Dedé e que desde que deixou o clube, no ano seguinte, pouco apareceu. Mas a ideia é unir o útil ao agradável: adquirir um atleta a custo zero, com salário considerado baixo e, de quebra, deixar feliz aquele que é considerado o maior ídolo atual do clube.
Robinho passou quase toda a última quinta-feira realizando exames médicos. Além de se tratar de um protocolo, o Vasco pretende ter a certeza de que contratará um jogador em perfeitas condições. Afinal, o atacante pouco atuou pelo Guarani, em 2012, por causa de uma lesão no joelho. No entanto, participou do jogo beneficente de Dedé, em dezembro, mostrando estar recuperado.
- Quero fazer uma pesquisa apurada sobre esse jogador. Ele jogou muito pouco nos últimos anos, e eu quero saber o que houve - disse o diretor executivo do Vasco, René Simões.
Desde que saiu do Vasco, Robinho jogou nos Emirados Árabes, defendeu o União de Leiria, de Portugal, e o Guarani. Em São Januário, fala-se que Dedé humildemente pediu a diretoria e comissão técnica uma nova oportunidade ao atacante, seu amigo de infância. O clube também viu a situação como uma boa oportunidade de satisfazer o jogador que é hoje seu bem mais precioso e que ainda é alvo de interesse do Corinthians.
No entanto, René Simões garante que o fato de Robinho ser amigo de Dedé ambos são nascidos em Volta Redonda (RJ) e começaram juntos numa escolinha de futebol da cidade não influenciou na decisão de buscar a contratação.
- Sua pergunta é pertinente, mas deve ser feita ao Ricardo Gomes. Ele foi aprovado pela comissão técnica por suas qualidades. Eu não o conheço muito, mas o relato é que se trata de um bom jogador. O Nei e o Sandro Silva também são muito amigos, sabia? - questionou René.
O nome de Robinho também chegou ao Vasco por meio de Ubiraci Cardoso, empresário que representa Dedé. Ele afirma que seu bom relacionamento com a diretoria o permitiu sugerir o nome do atacante, mas ressalta que a negociação não tem a ver com a amizade dos dois e nem com o fato de o clube ter resistido a muitas investidas externas para manter o zagueiro pelo menos até o meio do ano.
- Eu não tenho nada assinado com o Robinho, apenas estou ajudando. Pela credibilidade que tenho junto ao Vasco, comentei que o jogador estava à disposição e que poderia se encaixar, por ser uma posição carente. Se não fosse bom e se não tivesse tido uma passagem positiva, o clube não contrataria. O Ricardo conhece e o René adquiriu informações sobre ele. Mas, claro, Robinho e Dedé são muito amigos e será bom eles estarem juntos de novo - explicou o empresário.
Por falar em Dedé, esta sexta-feira seria o último dia para o Corinthians concretizar o desejo de contratar o zagueiro. Afinal, o clube paulista precisa entregar à Conmebol até a próxima segunda a lista dos jogadores que disputarão a primeira fase da Libertadores. No entanto, o Vasco se mantém firme e garante a permanência do ídolo no mínimo até 30 de junho.