Nota oficial - Situação do atleta Thiago Rodrigues \"mosquito\"
Em virtude da nota pública veiculada pelo Clube Atlético Paranaense CAP, sobre a situação do atleta Thiago Rodrigues da Silva Mosquito, o Club de Regatas Vasco da Gama CRVG, vem por meio deste comunicado esclarecer alguns pontos que tornam-se necessários:
O referido atleta chegou ao CRVG em Março de 2009, devidamente liberado pelo seu clube anterior, passando a receber todo auxilio do clube (colégio, alimentação integral, treinamentos campo e futsal e bolsa aprendizagem), na categoria mirim (sub 13). Juntamente com a sua equipe sagrou-se Campeão Estadual no fim desse mesmo ano, fato que despertou a atenção sobre alguns de nossos atletas;
Em janeiro de 2010, quando da convocação de um grupo de atletas nascidos em 1996, para início de preparação da equipe que disputaria no ano seguinte sua 1ª competição oficial, representando a Confederação Brasileira de Futebol CBF, o atleta Mosquito foi convocado pela 1ª vez pela CBF, já como atleta do CRVG;
Após 03 (três) anos de atuação oficial pelo CRVG (2009/2010/2011), devidamente registrado junto à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro FERJ, e a assinatura de 03 (três) Contratos de Formação de Atleta de Futebol, consecutivos e renovados sempre com reajuste da Bolsa de Formação;
Em abril de 2011, foram realizadas negociações entre os representantes do atleta, sendo o Sr. Jeverson (companheiro da mãe do atleta) o seu principal interlocutor e representantes da TRAFFIC, que foram no momento apresentados como os responsáveis pelas negociações futuras. Neste momento foram definidas as condições do 3º contrato de formação que foi assinado e encontra-se vigente, e as condições do 1º contrato profissional do atleta, como também as cláusulas referentes aos percentuais envolvidos, documentados em um termo de compromisso entre as partes, que nunca foi devolvido pela mãe do atleta ou pela TRAFFIC;
Em 05/10/2011 o atleta foi convocado pela CBF, para integrar a equipe brasileira durante a disputa do V Campeonato Sul Americano sub 15, competição onde se destacou e foi artilheiro. Após a disputa do V Campeonato Sul Americano sub 15, o atleta foi liberado pela Gerência de Futebol Amador do CRVG, para se reapresentar em janeiro de 2012, cumprindo assim um período de descanso / férias. Em janeiro o atleta não se apresentou e nem deu nenhum tipo de retorno ao CRVG;
Após várias tentativas de contato com a família do atleta que sumiu se nenhum tipo de aviso, nem ao clube e nem a TRAFFIC. Depois disso o atleta mudou de representante por duas vezes e esses sempre demonstraram o interesse em tirar o atleta do CRVG. Por último recebemos o Sr Cacau Barbosa, que chegou a se reunir com o Presidente do CRVG na época, mas também desapareceu.
Após todas as tentativas realizadas, vários boatos e sondagens, fomos surpreendidos pela informação (verídica) de que o atleta assinara contrato profissional com o Macaé E. C. através dos seus representantes, o Sr. Gustavo Arribas e o Sr. Cacau Barbosa, apesar do mesmo ainda possuir contrato de formação vigente com CRVG (01/05/2011 à 30/04/2013), e não ter recebido o Atestado Liberatório. Essa manobra foi utilizada para que o atleta fosse oferecido em outros clubes (ex.: São Paulo, caso que se tornou público, Flamengo, Botafogo, Grêmio, Cruzeiro, Corinthians e Figueirense). Apesar de tal manobra, aparentemente legal, o atleta não foi aceito por nenhum dos clubes citados, visto que todas estas respeitosas agremiações entenderam a situação e concordaram que seguindo os preceitos éticos definidos em reunião realizada primeiramente pela CBF, entre todos os clubes da 1ª e 2ª divisões do futebol brasileiro, esta seria uma situação inaceitável entre os clubes;
O CRVG negociava com os representantes do atleta quando fomos informados de que o mesmo estaria assinando contrato com o Atlético-PR. Os responsáveis pela Base do CRVG contataram o CAP, primeiramente através do seu coordenador geral de base, que prontamente assumiu a questão e encaminhou dentro do CAP, mas por força da estrutura hierárquica se viu impossibilitado de agir e por não concordar com a situação e por decisão pessoal , pediu demissão do CAP, fato lamentável, porém amplamente apoiado entre os seus pares dos principais clubes brasileiros;
Após a informação sobre a sua dificuldade em resolver a questão, o Diretor Executivo de Base do CVRG, o Sr. Mauro Galvão contatou diretamente o Presidente do CAP que ficou de averiguar a situação, mas só respondeu através da Nota Oficial divulgada no site do clube.
Levando-se em consideração que:
O atleta só foi vinculado ao CAP após sete meses do início do seu vínculo porque todos os clubes grandes do futebol brasileiro, que baseados nos princípios éticos e morais que foram reforçados na primeira reunião da ABEX BASE, não aceitaram o atleta devido à forma como o mesmo saiu do CRVG;
Os valores referentes à bolsa aprendizagem do atleta sempre estiveram a sua disposição na tesouraria do clube e ainda estão conforme contrato vigente, sendo o atleta Thiago Rodrigues da Silva, através de sua mãe (e responsável legal) Andreia Silva Rodrigues foi avisado por meio de telegrama com aviso de recebimento que os valores estavam a disposição para serem sacados;
O CRVG não concedeu o Atestado Liberatório ao atleta;
O CRVG investiu tempo, profissionais e valores na formação do atleta em questão;
A pergunta que cabe se colocado neste momento é:
O CAP agiu de forma ética, pautado na boa fé que deve gerir a relações entre os clubes?
O erro de um clube como o Macaé E.C justifica a atitude do CAP?
O CAP agiu de forma a valorizar e renovar o seu compromisso com a ética no Desporto Nacional, e com o compromisso assumido entre os clubes, de respeito e apoio mútuo, no sentido de valorizarmos o investimento que é feito nos trabalhos de Base?
O CRVG agradece a todos os clubes que comungam do entendimento sobre ÉTICA, RESPEITO E CONCORRÊNCIA entre os clubes brasileiros, para que possam investir e formar seus jogadores, e agradece o apoio demonstrado até presente.
Atenciosamente,
Direção executiva da base do Club de Regatas Vasco da Gama