Futebol

Vasco e Botafogo jogam final 13 anos depois

Apesar de serem dois dos principais clubes do Rio de Janeiro, Vasco e Botafogo não se encontram em uma decisão há muito tempo. Mais precisamente, há 13 anos. Nenhuma final entre os grandes cariocas demorou tanto para se repetir quanto entre as duas equipes que se enfrentam hoje no Maracanã.

Por isso, a busca pela Taça Guanabara terá um gostinho ainda mais especial para os clubes.

O último encontro entre as duas equipes em uma decisão foi no Carioca de 1997. E naquela edição, só deu Vasco e Botafogo na final. O Alvinegro bateu o clube de São Januário na final da Taça Guanabara. Na Taça Rio, o Glorioso superou o Flamengo, mas iria se encontrar novamente com o Cruzmaltino na decisão do Estadual.

Com um gol de Dimba, o Alvinegro superou mais uma vez os rivais e conquistou o título. O gol da final foi deste jovem atacante que começava a surgir para o cenário nacional naquela decisão.

Curiosamente, o Botafogo era comandado por Joel Santana, técnico que hoje levou o Glorioso à decisão da Taça Guanabara. Wagner, que hoje é preparador de goleiros do Alvinegro, lembra daquela decisão.

– Depois que conquistamos o título, foi aquela euforia toda. Não sabíamos com quem comemorar. Só queríamos festejar – disse.

A façanha alvinegra foi ainda mais comemorada ao lembrar que, no fim do ano, o Vasco se sagrou campeão brasileiro. No entanto, Carlos Germano lembra que o time que conquistou o título nacional era diferente da equipe do Carioca.

– Éramos um time em formação.

Tanto que, no fim do ano, nos sagramos campeões brasileiros. Mas bateu na trave. Foi ruim porque precisávamos muito, afinal, depois do tricampeonato, o Vasco não conseguia ganhar mais nada – lamentou o vascaíno Carlos Germano.

Dos jogadores que entraram em campo em 97, são poucos os que ainda seguem jogando. Portanto, novos jogadores, nova história. A rivalidade, por sua vez, continua a mesma.

Só quatro ainda seguem na ativa
Imperdoável, o tempo que separa a última decisão entre Botafogo e Vasco fez com que a carreira de 18 dos 22 jogadores que estão destacados nos pôsteres exibidos acima pelo LANCE! já tenha se encerrado. Os únicos que ainda batalham por um lugar ao sol são os excruzmaltinos Felipe, no Al-Sadd (QAT), Juninho Pernambucano, no Al-Gharafa (EAU) e Ramon, no Vitória, e o ex-botafoguense Dimba, no Ceilândia (DF).

Mais badalado, aquele time de Antônio Lopes segue com ex-atletas em evidência, como Carlos Germano, preparador de goleiros do Vasco, e Edmundo, que parou em 2009 e, agora, é comentarista de futebol na TV. Recentemente, Sorato, ex-alvinegro, deixou os gramados para ser técnico do Tigres.

Na ocasião, ídolos do gol já sonhavam se ver na Seleção
Nos bancos de reservas de Vasco e Botafogo estarão dois velhos conhecidos de suas respectivas torcidas e, até, do futebol brasileiro. Carlos Germano e Wagner têm histórias para contar, a começar pela amizade construída fora dos campos, que fez com que um torcesse pela convocação do parceiro depois da final de 97.

– Nós sempre nos cruzamos por aí e já espero revê-lo antes do jogo. Pela fase que atravessa, acreditei que ele pudesse ser lembrado para a Seleção perto da Copa do Mundo (de 1998), que eu fui. Até comentei com ele, no Maracanã, uma vez, que torcia por isso. Não deu, mas qualidade oWagner sempre teve – exaltou Germano.

Quis o destino que, depois, ambos se cruzassem de outra forma. Com a ida de Carlos Germano para General Severiano, Wagner o encontraria por lá. Mas não por muito tempo.

– Eu já estava de saída. Ele até me chamou no canto e tentou me convencer a ficar. Mas, para mim, o ciclo já tinha acabado. Sou um grande admirador do Germano – afirmou o alvinegro, que foi para o Madureira.

A ligação entre os dois não para por aí. Segundo o preparador de goleiros do Vasco, Jorge Ferreira mudou os estilos de ambos no gol.

– Trabalhamos com ele no Botafogo e, aos 32 anos, voltei a voar. É um cara que privilegia o tempo de reação e a velocidade – disse Germano.

Um também aponta o outro como o responsável pelas fases de Prass, Vasco, e Jefferson, no Botafogo.

Renovação tirou Germano da final

Para quem não lembra, o goleiro do Vasco na decisão do Estadual de 1997, em que Dimba fez o gol do título, era Caetano. O titular, porém, era Carlos Germano. Mas um problema contratual o impediu de disputar as partidas finais.

– Estava pronto para entrar no avião, em uma viagem anterior à semana do jogo, só que o Eurico me tirou, no estilo dele, dizendo que eu não jogaria enquanto não acertasse a renovação de contrato, que estava difícil para sair – lembrou o atual preparador de goleiros do clube.

Quanto ao adversário atual, Germano se recorda com carinho de Joel, com quem trabalhou no Vasco em 1992: – Ele é muito engraçado. Para motivar, falava: “Se ganharmos dos times tal e tal fora, já pode comprar a faixa!”

Fonte: Lancenet!
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