Enquanto aguardam nova licitação do Maracanã, Flamengo e Vasco se movimentam nos bastidores para ver quem terá o controle do estádio. Os clubes não abrem mão da gestão - o rubro-negro em parceria com o Fluminense, o cruz-maltino com a WTorre e a empresa americana Legends. Mas sinalizam disposição para acordo.
O último gesto partiu de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo. Em entrevista à TV Brasil, afirmou que entendia a necessidade de o Vasco disputar algumas partidas no Maracanã e que isso seria possível, em uma análise prévia da tabela de jogos das equipes no ano.
Segundo ele, o Nilton Santos, casa do Botafogo, poderia ser envolvido nas conversas, com intuito de não sobrecarregar nenhum dos estádios. O estádio no Engenho de Dentro está recebendo grama sintética, o que permite ter mais partidas sem que haja perda de qualidade do campo de jogo. A intervenção deve ficar pronta em abril.
O Vasco não tem o interesse de seguir alugando o Maracanã, como faz atualmente. O clube carioca prioriza a gestão do estádio, algo que o Flamengo só admite fazer ao lado do Fluminense. Por isso, devem ser adversários no processo de licitação que deve ser aberto pelo Governo do Estado. Os vascaínos também afirmam, que sendo vencedores, negociarão com a dupla Fla-Flu para que joguem no Maracanã.
O edital foi suspenso ano passado, sob alegação do Tribunal de Contas do Estado de que teria irregularidades. Com isso, voltou para ser reanalisado pela Casa Civil estadual. Em dezembro, representantes da SAF e do clube associativo estiveram com o governador Cláudio Castro para solicitar condições iguais de disputa pelo Maracanã.
Com o adiamento, Flamengo e Fluminense seguiram com a gestão provisória do estádio. O Vasco tinha o interesse de pleitear esse controle, ainda que temporário.
O Vasco sofre com a capacidade reduzida de São Januário - cerca de 20 mil lugares - e tem no Maracanã uma ferramenta fundamental para o clube conseguir impulsionar receitas, tanto de bilheteria quanto de sócios-torcedores. Uma reforma e ampliação da Colina é de difícil viabilização econômica.
Um estádio completamente novo é ainda mais complicado de se custear. É o caso do Flamengo, que ainda alimenta planos de construir um estádio próprio, mas que são deixados em segundo plano. A prioridade rubro-negra é conseguir o controle definitivo do Maracanã.