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Vasco e Fluminense exemplificam valorização do diretor executivo

Durante três semanas, encontrar um diretor de futebol foi mais importante do que contratar um atacante no Vasco. Já o Fluminense ficou mais de um ano interessado em Rodrigo Caetano até finalmente acertar com o dirigente. Os dois exemplos mostram a supervalorização recente dos executivos, a ponto de, às vezes, eles terem status superior ao dos jogadores perante os torcedores. O fenômeno, que começou com o sucesso de quem apostou nesse novo cargo, ganha força em 2012, com mais clubes atrás desses profissionais, artigo raro no Brasil.

“O futebol de 2000 para cá mudou demais, e cada vez mais precisa de um executivo de extrema confiança. Mas os clubes não estão preparados, não se mudam os costumes do dia para a noite, isso leva tempo”, disse Ocimar Bolicenho, presidente da Associação Brasileiro de Executivos do Futebol (Abef).

Badalados, os diretores podem receber salários mais altos do que os jogadores. Rodrigo Caetano, por exemplo, ganhará mais de R$ 200 mil no Fluminense. A falta de profissionais capacitados e a necessidade de ter um gestor explicam esse valor.

“Os executivos são exceções, são mais raros do que jogadores de nome. Quando tivermos mais profissionais e clubes estruturados, a tendência é os salários diminuírem”, analisou Ocimar.

Apesar de alguns clubes, como São Paulo e Internacional, terem dirigentes remunerados há algum tempo, o momento é de alta desses profissionais. Já o espaço dos cartolas amadores diminui a cada ano.

“Estamos numa fase de transição, cada clube vai achar o melhor meio de funcionar. Pode ser que em alguns o vice de futebol acabe, mas não creio que seja a regra, porque é uma figura importante para não sobrecarregar presidente ou executivo”, disse Newton Drummond, que já foi executivo do Inter e hoje trabalha no Vitória.

Nos clubes, a filosofia muda aos poucos, com o fim do amadorismo, e o diretor executivo passa a ser visto como elo fundamental nesta nova fase. Depois de sair atrás dos rivais, o Fluminense deu o primeiro passo em busca da profissionalização do departamento de futebol e inovou com dois dirigentes remunerados: Rodrigo Caetano e Marcelo Teixeira.

“Vejo com bons olhos essa tendência. O futebol é extremamente complexo. Quanto mais profissionalizar, maior será a eficiência do sistema, que mexe com milhões. No Fluminense vejo que pode dar certo a longo prazo.

Fizemos a aposta no Marcelo, que vai se desenvolver mais agora ao lado do Rodrigo. Talvez estamos ajudando a colocar mais um nome no mercado”, disse o presidente Peter Siemsen.

Para aqueles que veem o diretor executivo como a peça mais importante, Newton Drummond faz um aviso: “Claro que é determinante, mas não é fundamental para o sucesso”.

Fonte: Marca Brasil
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