A Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) entregou a Pedrinho, presidente do Vasco, uma placa em homenagem aos 100 anos da Resposta Histórica. O marco foi comemorado nesta segunda-feira em uma cerimônia em São Januário.
- Desde cedo a gente aprende aqui que o Vasco é um clube inclusivo, de todos. E isso é motivo de muito orgulho para nós vascaínos. Agradeço a homenagem da Suderj, uma entidade tão comprometida com o futuro do esporte - disse Pedrinho.
Renato de Paula, presidente da Suderj, destacou a luta do Vasco para que o futebol, atualmente, seja um ambiente mais acolhedor:
- Não tem como dissociar o negro do protagonismo no futebol, no esporte como um todo. A começar por Pelé, o maior que já tivemos! Mas infelizmente ainda vemos casos de racismo nos gramados, principalmente na Europa. Isso mostra que existe um longo caminho a ser percorrido pela Humanidade.
A Resposta Histórica
Em março de 1924, clubes rivais do Vasco romperam com a Liga Metropolitana e se reuniram para a fundação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). O Vasco foi convidado a se filiar, mas não participou como clube fundador.
A AMEA aceitou a inscrição do Vasco desde que o clube excluísse 12 de seus jogadores, sendo sete da equipe principal e cinco do segundo quadro. Em sua maioria, atletas negros e pertencentes às camadas populares da sociedade. A resolução da entidade colocava o Vasco, campeão carioca de 1923 com os Camisas Negras, em desvantagem em relação aos fundadores da nova liga.
Em 7 de abril de 1924, na secretaria do clube, o presidente vascaíno José Augusto Prestes redigiu e assinou o Ofício n.º 261, a “Resposta Histórica”. O Vasco desistia de fazer parte da AMEA e ficaria com seus jogadores. O documento se tornou um marco na história do clube e do futebol.