Antes do fuzilamento no paredão da incompetência, as glórias a quem merece: os atletas brasileiros, verdadeiros heróis.
Com raríssimas exceções, abnegados pelo esporte tratados a pão de ló produzido em padaria constantemente multada por venda de alimentos impróprios para o consumo.
O máximo de respeito sempre será muito pouco pelo que fazem. Chegam a ser super-homens e mulheres maravilhas. De carne, osso e incrível superação.
Já os cartolas... Não esperaram nem os mexicanos apagarem a tocha para cantar de galo pelos resultados obtidos no Pan-americano de Guadalajara.
Perfilados como canarinhos, enalteceram a brilhante política esportiva adotada na Suíça sul-americana, comandada pelo COB (caixinha, obrigado Brasil), do eterno Carlos Rolando Lero Nuzman.
Uma política sem pé nem cabeça. E muito menos competência. Uma vergonha se comparada ao desempenho da pequena Cuba, que desde 1962 enfrenta embargo dos EUA 58 a 48 no lugar mais alto do pódio. Pela 11ª vez, deixou o Brasil na poeira, competindo com 447 atletas contra 515. Aos números:
Brasil Cuba
48 ouros/141 total Medalhas 58 ouros/136 total
8.514.876 km² Área 110.861 km²
192.376.496 População 11.242.621
US$ 2,1 trilhões PIB US$ 51 bilhões
US$ 11.300 Per capita US$ 4.500
90% Alfabetização 99,8%
72,4 anos Expect. de vida 78,3 anos
19,3/mil nasc. Mortal. infantil 5,1/mil nasc.
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Corneta. Novo ministro do Esporte, o palmeirense Aldo Rebelo acredita ter importantes ideias para recuperar o prestígio dos periquitos em revista fora de campo, mais precisamente na boca de urna: eleições diretas, um conselheiro eleito em cada estado e diminuição do prazo para o sócio votar (atualmente três anos de clube) e se candidatar ao conselho (oito anos). Um sonhador!
Sugismundo Freud. Se não conseguir realizar seus desejos, esqueça-os.
Pica-Pau. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, porque não dizer, supimpa. Ao assumir o cargo de ministro do Esporte, Aldo Rebelo rasgou elogios ao antecessor Orlando Silva, vítima das consequências da luta social e política. A presidenta Dilma Rousseff não deixou por menos: Orlando Silva fez um excepcional trabalho no Ministério. Ok! Então, por que mudou? Mudou por quê?
Twitface. O saci ganhou importante aliado para dar uma bicicleta nos candidatos a mascote da Copa do Mundo de 2014: o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que já chegou a propor na Câmara Federal a criação do Dia do Saci.
Noves fora. A máquina calculadora, com lápis e borracha, volta a funcionar. O Corinthians tem 59% de chances de dar a volta olímpica, contra 25,1% do Vasco, de acordo com o site Chance de Gol. O Botafogo soma 10,9%, e o Fluminense, 3,3%. No Infobola, o grito da Fiel acumula 48%. Depois aparecem Vasco (31%), Botafogo (12%) e Fluminense (5%).
Tiro curto. Porto Alegre acordou mais azul do que nunca. No Guaíba, só se falava da sensacional vitória do Imortal no Gre-Naldo.
Zapping. Apesar de estar na reta final, com pelo menos cinco clubes brigando para soltar o grito de campeão, o Brasileirão vem patinando no ibope global da Grande Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada. O duelo Vasco x São Paulo rendeu 18 pontos, mesma audiência de Internacional x Corinthians, há uma semana. Na Band, o confronto de São Januário cravou sete pontos.
Gilete press. De Lauro Jardim, em Veja: O Corinthians foi o clube brasileiro que teve mais partidas transmitidas na TV ao vivo ou em videoteipe durante o Brasileirão deste ano. O clube já tinha alcançado a mesma marca durante os estaduais. O levantamento foi feito pela Informídia. Até setembro, os jogos do Corinthians foram exibidos 129 vezes na Globo, Band, SporTV e nos canais pay-per-view. O Vasco está na vice-liderança com 110 partidas, seguido de Flamengo e Palmeiras (empatados em 109) e São Paulo (105). Plim-plim.
Tititi dAline. Depois de um rega-bofe de US$ 20 milhões e 72 dias dividindo a mesma pasta de dente, a socialite Kim Kardashian e o jogador Kris Humphries, da NBA, se divorciaram. Bateram o recorde do fofo Ronaldo e Daniella Cicarelli três meses em 2005.
Você sabia que... o Brasil aterrissou no Pan sonhando com 93 vagas para a Olimpíada de Londres e voltou com 24 (26% de aproveitamento)?
Bola de ouro. Solonei da Silva. De lixeiro a campeão da maratona do Pan.
Bola de latão. Emerson. O sheik corintiano pisou feio no tomate, ou melhor, no pescoço de Daniel, do Avaí. Deve ser julgado e pode complicar o time.
Bola de lixo. Palmeiras. Dentro e fora de campo, cada vez pior.
Bola sete. Há dinheiro. Faltam prioridades, metas e uma política de massificação, que inclua a escola no contexto do esporte nacional (de José Cruz, no Uol bingo: esporte é uma questão de educação, tanto que 37.776 escolas rurais do país fecharam as portas nos últimos 10 anos).
Dúvida pertinente. Lucas Marcelinho, o Lulinha do São Paulo?