Além do acordo fechado para 2025 e 2026, as diretorias de Flamengo e Vasco já conversam para formatar um novo modelo de exploração do Maracanã, com a presença dos clubes na divisão de receitas e despesas de maneira diferente do que está determinado no edital do Governo do Estado, que previu o Flamengo com 65% e o Fluminense com 35% da operação.
Em função do alto valor do custo do estádio, o Flamengo está aberto a rediscutir a divisão, que na prática poderia deixá-lo com 40% junto com o Vasco, e o Fluminense com 20% restantes, já que hoje o tricolor tem operação com prejuízo em vários jogos. Desta forma, os dois clubes de maior torcida sustentariam melhor o Maracanã no médio prazo. A concessão atual é de 20 anos.
Esse novo modelo tem a ver com a perspectiva de falta de estádios de Flamengo e Vasco no horizonte. O Rubro-negro, que com a troca de diretoria deixou claro que a obra do Gasômetro vai começar só a partir de 2027, quer potencializar as receitas do Maracanã e minimizar as despesas para fazê-lo definitivamente de sua casa principal até a sua arena sair do papel. A direção já se deu conta que não poderá bancar o Fluminense no consórcio. Para isso, vê a entrada do Vasco no cenário como um parceiro interessante, já que São Januário será fechado para reforma este ano.
Pelo edital de concessão, que já prevê a divisão atual, Flamengo e Fluminense teriam que se entender para incorporar o Vasco no consórcio de maneira não oficial, mas sob nova lógica de operação. A sensação de quem trabalha no estádio é de que todos poderão se beneficiar se estiverem juntos. O Vasco também viu a oportunidade de olho no longo prazo, pois com São Januário reformado e apto para shows, também poderá requisitar o Maracanã como mandante.