A partida no Moacyrzão era a chance do Vasco abaixar um pouco o volume das vaias da primeira rodada do Campeonato Carioca. Longe de São Januário, onde empatou com o Boavista no último sábado, o time de Adilson Batista mostrou contra o Macaé ainda mais defeitos do que na primeira rodada: além das falhas na criação das jogadas, o time mostrou fragilidade defensiva, principalmente na marcação no meio de campo. O resultado de 1 a 1 deixou o Vasco com dois pontos na décima colocação. O Macaé, com uma derrota e um empate, caiu para 13º lugar na tabela da Taça Guanabara.
- Tem que ter paciência, segundo jogo ainda, a gente sabe que o torcedor vai encher o saco, mas é normal. Está só no começo, vamos continuar trabalhando - disse o atacante Bernardo, que entrou no fim da partida, mas pouco conseguiu fazer no jogo.
O JOGO
Um primeiro tempo de predomínio físico e técnico do Macaé. Se terminou empatado talvez o peso da camisa explique melhor do que as atuações das duas equipes. Com boas participações do atacante João Carlos e do meia Marquinho, autor do gol e da jogada do gol, respectivamente, o time da casa conseguia até com certa facilidade superar o meio de campo do Vasco. Capitão e primeiro combatente do setor central do Vasco, o argentino Guiñazu errou passes e foi driblado em algumas oportunidades.
Na principal delas, saiu o primeiro gol da partida. Foi aos 18 minutos, quando Marquinhos deu um tapa para frente na bola no momento em que o argentino do Vasco tentou dar o bote. Sozinho na área, João Carlos marcou: 1 a 0 para o Macaé. Fora um chute de Fellipe Bastos que ia longe do gol, mas desviou e acabou batendo no travessão, o Vasco pouco ameaçava. Reginaldo era um dos que tentava tabelar e levantava a cabeça. No fim da etapa inicial, ele cruzou para William Barbio, que dominou bem, mas chutou mal. Edmilson aproveitou a espirrada do taco do companheiro de ataque para empatar para o Vasco. Foi o primeiro gol do atacante vascaíno no ano.
O ex-vascaíno Ernani, que em São Januário era lateral-esquerdo e no Macaé é atacante, facilitou a vida do ex-clube logo no início do segundo tempo. Num rebote de córner, Fellipe Bastos o driblou, mas foi derrubado na entrada da área. Com o segundo amarelo, o jogador do Macaé foi expulso. Adilson resolveu mexer no Vasco em seguida. Saiu o atacante Reginaldo, entrou o meia Montoya. Mas a melhor jogada saiu dos pés de Pedro Ken, que girou na ponta-direita e fez o que Barbio ainda não tinha conseguido: colocar uma bola nos pés de Edmilson. O atacante, de primeira, bateu bem, mas a bola balançou as redes do lado de fora.
Com o colombiano como ponta-esquerda, Barbio na direita e Bastos no meio, pouca coisa mudou para os vascaínos. A torcida vascaína, que pedia Bernardo desde o primeiro tempo, finalmente foi atendida aos 25 minutos. Quando o Vasco parecia que ia entrar ainda mais no campo do Macaé, mesmo sem muita qualidade, Pedro Ken, que já tinha amarelo, fez outra falta e também foi expulso de campo. Adilson tirou Barbio e colocou o volante Abuda. E o Vasco só ameaçou numa cobrança de falta de Bernardo. O Vasco terminou com um novo empate, as velhas vaias de São Januário e mais pressão em cima do técnico Adilson e do seu time.