Depois da demissão de Adilson Batista e da resposta negativa de Enderson Moreira, a diretoria do Vasco ainda não tem um nome de consenso para ser o novo técnico da equipe. A crise política que envolve as eleições presidenciais do clube e a necessidade de um contrato curto são fatores que atrapalham as negociações e limitam as opções de treinador.
Sem saber qual será o posicionamento da futura diretoria cruzmaltina, o presidente Roberto Dinamite, que teve o seu mandato estendido até a eleição do dia 11 de novembro, oferece contrato de apenas quatro meses para o novo treinador. A continuidade ou não no cargo dependerá de quem assumir o comando do clube. Como a briga pelo poder é grande nos bastidores de São Januário, a conversa para uma transição amigável é inviável no momento.
O pequeno tempo de contrato foi justamente um dos fatores que afastou Enderson Moreira, que era o mais cotado para assumir o cargo, mas acabou acertando com o Santos. Além disso, o técnico pediu garantias financeiras ao clube e não foi atendido, como revelou o blog do PVC nesta terça-feira.
"Nós tínhamos uma situação bem encaminhada, mas infelizmente ela se tornou pública, e talvez alguém tenha se utilizado disso para negociar melhor em outro clube. Não cabe a nós falar em nomes agora, enquanto não tivermos um consenso. Depois que tivermos um consenso, vamos ter a agilidade necessária para negociar e anunciar", afirmou Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol, em entrevista à TV Fox Sports.
Depois de o Vasco perder para o ABC por 2 a 1, nesta terça em Natal, e ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, o elenco voltou ao Rio de Janeiro durante a madrugada. Nesta quarta, os dirigentes vão se reunir para tentarem definir um treinador que agrade à maioria e que esteja dentro da realidade financeira e política do clube. Os nomes de Joel Santana, Ricardo Gomes e Dorival Júnior já foram comentados nos bastidores.
"Sem dúvida, (o tempo de contrato) é um fator limitador. Esse técnico pode ser do agrado da atual gestão, mas pode não ser do agrado na futura gestão. Não podemos prometer para o técnico algo que não vamos cumprir, mas também não podemos deixar o profissional amarrado mais para a frente. Vamos utilizar a trasnparência e falar a verdade. Queremos um profissional que queira participar desse desafio do Vascos nesses três, quatro meses", admitiu Rodrigo Caetano, que acrescentou.
"O Vasco quer um técnico que saiba da nossa situação. O Vasco tem um objetico único que é subir para a Série A do Brasileiro, e se possível com o título. O profissional que vier tem que entender que é nossa Copa do Mundo é a Série B, tem que entender nossa limitações e buscar isso".