A entrevista condedida nesta quinta-feira visava a acalmar os ânimos da Penalty, chateada com o vazamento das informações de que o Vasco já conversou com outras empresas, incluindo a Nike. O clube garantiu que cumprirá o contrato com a empresa até o fim, em julho de 2014.
A coletiva serviu também para mostrar que, a um ano das eleições para a presidência, o clube começa a viver mais intensamente a ebulição do processo político.
Mário Piragibe, advogado e ex-representante do Vasco na Federação de Futebol do Rio, pediu a palavra assim que Roberto parou de falar. Um pouco constrangido, o presidente assistiu ao conselheiro dizer que é oposição, lembrar supostas irregularidades na relação do clube com a fornecedora, apontadas pelo Conselho Fiscal na última prestação de contas, mas, mesmo assim, defender a empresa.
Cada vez mais Dinamite tem sido obrigado a conviver com isso. Além das dissidências que continuam atuando nos bastidores, o Vasco está dividido em pelo menos quatro alas políticas. A situação tem a concorrência da Cruzada Vascaína, do Casaca, grupo ligado ao Eurico Miranda, e dos partidários de Roberto Monteiro, atual vice-presidente do Conselho Deliberativo. Diante disso, Dinamite mantém o tom:
Quero tornar o clube mais profissional. Espero que quem for me substituir possa ter uma situação financeira melhor. Se eu não estivesse olhando para a instituição, poderia contratar o jogador A, B ou C e, na sequência, deixar uma dívida ainda maior.
Enquanto convive com a crescente oposição, Dinamite espera pagar, semana que vem, os salários de janeiro. Para que os atrasos se tornem menos frequentes, o diretor geral Cristiano Koehler tem liderado as negociações com a Nissan para substituir a Eletrobras como patrocinadora.