Mais do que recuperar jogadores, atraí-los. Por trás da grande divulgação do Vasco a respeito da construção do Centro Avançado de Prevenção, Recuperação e Rendimento Esportivo, a diretoria de São Januário vislumbra no aparelho a chance de seduzir novos nomes para o clube. A ideia é repetir o que o São Paulo conseguiu durante muito tempo com o Reffis (Núcleo de Reabilitação Esportiva, Fisioterápica e Fisiológica). A estrutura, referência no tratamento de jogadores lesionados, tem gerado frutos para o Tricolor, com jogadores que pedem para utilizar a aparelhagem e posteriormente acertam contrato.
Na temporada deste ano, mesmo sem um espaço físico exclusivo, o Caprres recebeu jogadores para tratamento. Gilberto, então do Toronto FC, Fellype Gabriel, hoje no Palmeiras, e Márcio Azevedo, do Shakthar Donetsk, da Ucrânia, foram alguns exemplos. O primeiro posteriormente acertou com o Vasco. O segundo, apesar das tentativas da diretoria, foi para o Palmeiras. Já o terceiro não despertou interesse. A tendência é que o número de jogadores de fora atendidos aumentem assim que o novo centro ficar pronto, o que está previsto para acontecer em até quatro meses.
Sem grandes recursos para fazer contratações e ainda por cima com sério risco de ser rebaixado para a Segunda Divisão, o Vasco acredita que os benefícios do Caprres e a imagem positiva do clube gerado por um centro de tratamento avançado para jogadores possa servir de ponto a ser levado em consideração por atletas e empresários em futuras negociações na próxima temporada.
Enquanto isso não se concretiza, o foco do Vasco é tratar de quem já está no clube. Jorge Henrique, com um grave estiramento na coxa direita, tem previsão de retorno em três ou até mesmo quatro semanas. Mas o Caprres tenta antecipar a volta do atacante para a partida contra o Corinthians, daqui a 14 dias. Atualmente, ele ainda está em fase de cicatrização da lesão, com dores. Posteriormente, será submetido a tratamento.