O Vasco trabalha em compasso de espera na busca por um centroavante. Desde a saída de Maxi López, no fim de maio, a equipe tenta encontrar um camisa 9. O alvo da vez é Arthur Cabral, mas o Palmeiras quer vendê-lo, não emprestá-lo, e só resta ao Cruz-Maltino esperar. Enquanto isso, o ataque do time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo vive em constante mutação.
Nos últimos quatro jogos, depois da pausa para a Copa América, o Vasco não repetiu a formação do setor ofensivo uma vez sequer.
Vasco x CSA: Bruno César, Marrony e Talles
Palmeiras x Vasco: Bruno César, Marrony e Valdívia
Vasco x Fluminense: Valdívia, Yan Sasse e Marrony
Grêmio x Vasco: Rossi, Valdívia e Marquinho
As mudanças não têm sido apenas por opção de Vanderlei Luxemburgo, mas é justamente o setor ofensivo que mais preocupa o técnico, já que a defesa tem evoluído. O Vasco é apenas o 17º time do Campeonato Brasileiro em aproveitamento de finalizações: 5,3% (já finalizou 227 vezes e fez 12 gols), de acordo com os números do Espião Estatístico.
Principal nome do ataque cruz-maltino, Rossi não joga desde a partida contra o Grêmio. Perdeu o jogo contra o Fluminense por causa do terceiro cartão amarelo, mas depois teve de passar por uma cirurgia para retirada do apêndice e virou desfalque por mais tempo, aumentando a dor de cabeça de Luxemburgo.
Yan Sasse, então, ganhou uma chance, mas já perdeu espaço. Valdívia, ora titular, voltou para o banco de reservas. Bruno César, antes utilizado como armador, virou ponta e até falso 9. Surgiu, no time profissional, o jovem Talles Magno, de apenas 17 anos, que já tomou conta da posição e se destacou contra o CSA.
A única opção do Vasco para a camisa 9 é o também jovem Tiago Reis. Vanderlei Luxemburgo, porém, tem procurado trabalhar fundamentos e finalizações com o garoto antes de dar mais espaço a ele. Nos treinamentos, atenção especial para a promessa durante as atividades específicas para centroavantes.
E enquanto espera Arthur Cabral e busca soluções internas, o Vasco também está de olhos abertos para possíveis oportunidades de mercado. A diretoria, porém, vê dificuldade para encontrar reforços na Série A que ainda não tenham disputado sete jogos e possam se transferir e observam, também, a Série B.