Acende mas não explode. Essa vem sendo a recente realidade do ataque do Vasco no Brasileirão. Nas últimas duas partidas, contra Portuguesa e Atlético-PR, o time teve todo o controle, traduzido em uma maior posse de bola, mas não finalizou com a quantidade ou a qualidade que deveria.
No ranking de finalizações do Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino é goleado pelo líder Cruzeiro. Enquanto o time de São Januário, com 244 chutes a gol, encontra-se em 12° (atrás de equipes que estão na zona de rebaixamento, como a Portuguesa), a Raposa tem a marca de 344 arremates.
O Vasco também perde no quesito individual. Rafael Sóbis, do Fluminense, maior finalizador da competição até então, bateu 65 vezes para as traves adversárias. Já André, homem de frente da equipe de Dorival que mais chutou, tentou apenas 33 vezes.
Embora tenha sua boa média de gols na competição a seu favor, o camisa 9 não marca há três jogos, fato que o time parece sentir.
Dorival Júnior, que teve uma longa conversa com André após o treino de ontem, apontou o pouco poder de fogo nas conclusões como um fator determinante para o problema.
– Vem faltando aquele algo a mais. Conseguimos jogar bem, fazer as jogadas, ter controle dos jogos, posse de bola. Algo de bom essa equipe tem, mas faltou esse algo a mais na hora de concluir, principalmente nos últimos jogos – analisou Dorival.
O Vasco tem um jogo amanhã e outro na quarta-feira, dentro de seu território, que podem ser tratados como guerras contra essa falta de explosão. É isso, ou o pavio da torcida vai acender e a dinamite estourar.