Na contramão da exigência por fôlego e disposição atlética exigidas no futebol moderno, o Vasco apostou em outra direção e vem se dando bem até este momento da temporada.
No empate por 1 a 1 contra o Botafogo, o técnico Alberto Valentim fez uma opção por uma equipe bastante rodada, cuja faixa etária dos principais jogadores passa dos 30 anos, casos de Fernando Miguel (34), Werley (30), Leandro Castán (32), Bruno César (30) e Maxi (34).
Este quinteto, que faz parte da espinha dorsal imaginada pelo treinador, é um suporte importante para o desenvolvimento de jovens que tem no atacante Marrony, de 19 anos, o seu principal expoente.
Um dos principais xodós da torcida, Maxi Lopez ainda batalha para chegar em sua melhor forma física, assim como Bruno César, que retornou ao Brasil depois de longo tempo fora do país. Apesar do número aparentemente alto de "trintões", o Vasco demonstrou gás suficiente para segurar o ímpeto do Botafogo, mas foi necessário que Valentim usasse os garotos Andrey, Ribamar e Lucas Santos, visto que todos eles iniciaram o clássico do banco.
"O Bruno César, por exemplo, acabou ficando parado, não fez toda a pré-temporada com os jogadores, então está um pouco atrás. Contra o Botafogo, ele fez os 90 minutos. Acreditamos que essa evolução vai ser ainda maior nos próximos jogos", pontuou Valentim.
Passado o clássico, o técnico Alberto Valentim festeja um raríssimo período de folga em um calendário que pouco tempo de trabalho oferece ao técnico e jogadores vascaínos.
Desde que a temporada cruz-maltina começou, a equipe entrou em campo 10 vezes, quase que invariavelmente com compromissos no meio e no fim da semana. Agora, o time só voltará a campo no próximo sábado, quando encara o Boavista, às 16h30, em São Januário, pelo Carioca. A única pausa similar até aqui foi entre o empate contra a Juazeirense e o triunfo ante o Resende.