Flamengo e Vasco fazem o clássico da 26ª rodada do Brasileirão neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Maracanã. As equipes voltam a se enfrentar três meses depois da goleada rubro-negra por 6 a 1 no primeiro turno.
Na ocasião, Vegetti abriu o placar para o Vasco, mas o Flamengo virou e venceu com gols de Cebolinha, Pedro, David Luiz, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Foi a maior goleada do Fla na história do Clássico dos Milhões.
Muita coisa está diferente no Vasco. O clube tem outro treinador e vive bom momento na temporada, com a nona colocação no Brasileirão e a recente classificação para as semifinais da Copa do Brasil.
Veja o que mudou no Vasco desde então:
É outro momento
O Vasco chegou para o clássico do primeiro turno em momento diferente. Tudo bem que a equipe havia acabado de eliminar o Fortaleza pela terceira fase da Copa do Brasil, mas o time vinha de uma sequência recente de quatro derrotas no Brasileirão e terminou aquela partida na 13ª posição, ainda muito perto da zona de rebaixamento.
A fase atual é definitivamente outra. Em nono lugar no Brasileirão, a sete pontos de distância da zona de classificação para a Pré-Libertadores, o Vasco é semifinalista da Copa do Brasil: eliminou o Athletico na quarta-feira passada, em Curitiba. A derrota no tempo regulamentar interrompeu uma sequência de oito jogos (ou quase dois meses) sem saber o que é perder na temporada.
Outro treinador
A goleada sofrida para o Flamengo no primeiro turno marcou a estreia de Álvaro Pacheco no comando do Vasco. O resultado carimbou negativamente o início do trabalho do treinador português, que foi demitido três rodadas depois. Pacheco não deixou saudade na torcida.
Rafael Paiva, que já havia sido o técnico interino no hiato entre Ramón Díaz e Álvaro Pacheco e entregado o time classificado na Copa do Brasil para o português, assumiu de vez após a saída de Pacheco e recolocou a equipe nos trilhos. Desde então, o Vasco de Paiva disputou 18 jogos, sendo 10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas.
Time ganhou casca
Dá para dizer que o Vasco é um time mais maduro se comparado à equipe de três meses atrás. O semblante abatido deu lugar ao discurso de que é possível superar qualquer adversidade durante as partidas, como Rafael Paiva costuma dizer nas coletivas.
Sob seu comando, o Vasco venceu três partidas de virada (contra São Paulo e duas vezes contra o Athletico), isso sem mencionar os jogos contra Bragantino e Criciúma em que buscou a virada depois de sair atrás no placar, mas sofreu o empate no fim. Na quarta passada, mesmo com 2 a 0 contra no placar e um jogador expulso no primeiro tempo, conseguiu diminuir com gol de Vegetti e levou a decisão para os pênaltis.
O encaixe de Hugo Moura
O Vasco da goleada por 6 a 1 foi escalado por Álvaro Pacheco com Sforza e Galdames no meio de campo. A questão sobre qual seria a dupla de volantes ideal norteou a primeira metade da temporada da equipe, que sofria de um problema crônico de ceder espaços na frente da área.
Rafael Paiva resolveu a parada escalando Mateus Carvalho e Hugo Moura no setor. Mateus andou oscilando e recentemente foi para o banco de reservas, mas Hugo vem colecionando boas atuações e neste momento é um dos jogadores mais regulares da equipe. A segurança na frente dos zagueiros e a primeira ligação com o ataque passam muito pelos seus pés.
Estabilidade nos bastidores
No clássico do primeiro turno, o Vasco estava fervilhando nos bastidores.
O clube associativo havia acabado de obter uma vitória na Justiça que tirou a 777 Partners do comando da SAF e o entregou a Pedrinho. Havia muitas dúvidas pairando no ar: quais seriam os movimentos do presidente? O CEO Lúcio Barbosa seria mantido? O então executivo Pedro Martins se reportaria a quem? A decisão em caráter liminar duraria?
Três meses depois, o cenário é de estabilidade no Vasco. Pedrinho segue no comando da SAF, é uma figura muito ativa no dia a dia e querida por jogadores e funcionários. Mesmo sem o aporte da 777 que a princípio seria pago este mês, ele e sua gestão vem conseguindo administrar o futebol com pagamentos em dia.