Rio - A ordem no Vasco é, mesmo diante do otimismo de seus torcedores, manter a cautela e, principalmente, o respeito ao time do Náutico. Se a tarefa de vencer o lanterninha da competição já era considerada fácil por muitos, pode ficar ainda mais. O Timbu ferve em crise, o que pode deixar os três pontos praticamente encaminhados para o Vasco. A diretoria alvirrubra deve cerca de quatro meses de salário e o grupo, insatisfeito, ameaça fazer greve e nem viajar para o Rio. Caso isso aconteça, existe a possibilidade de o time de juniores entrar em campo, domingo.
No treino desta quinta-feira, os jogadores do Náutico se reuniram atrás de um muro no Centro de Treinamento Wilson Campos, em Recife, enquanto o técnico Marcelo Martelotte aguardava no centro do gramado. Cerca de 20 minutos depois, o grupo conversou com o gerente de futebol Lúcio Surubim e só então iniciou o treinamento.
RECLAMAÇÃO PÚBLICA
A diretoria do Náutico nega que esteja devendo salários, mas o pagamento do direito de imagem de alguns atletas não tem sido depositado, o que provocou a indignação dos jogadores, que voltaram a reclamar publicamente após a atividade. Em pronunciamento, o capitão Martinez, ao lado de todos os outros atletas, afirmou que espera uma definição até esta sexta-feira.
Alheio à crise no adversário, o Vasco deu prosseguimento à preparação para o duelo e o técnico Adilson Batista repetiu a escalação da vitória sobre o Cruzeiro no coletivo. O apoiador Pedro Ken resumiu o sentimento do grupo para a partida.
“Temos de nos preparar para encarar o pior. Os torcedores estão preparados para festa e podem imaginar que será fácil para o time conquistar a vitória. Mas sabemos que não será assim. Temos de pensar no jogo e esquecer essa euforia. Estamos blindados para qualquer coisa de fora”, garantiu o camisa 10, mantendo a seriedade:
“O primeiro objetivo é vencer. Se for 1 a 0, ótimo. Precisamos dos três pontos.”