A décima posição na tabela da Série B após nove jogos disputados não tira o sono dos jogadores do Vasco. O baixo rendimento é explicado com uma série de razões em discurso afinado do elenco ao longo da semana de treinos em Pinheiral, no sul do estado. O excesso de desfalques - a principal delas - já vinha sendo destacada há mais tempo e faz com que a paralisação do calendário para a Copa do Mundo seja muito comemorada. Entre outros fatos estão a perda de mando de campo e até o estilo diferente da competição em comparação com o Carioca.
Para o zagueiro Rodrigo, a partir do dia 15 de julho, data da partida contra o Santa Cruz, não haverá mais justificativas para tantas dificuldades, mesmo que ainda seja a última vez em que o clube cumprirá a punição de atuar a mais de 100 quilômetros do Rio de Janeiro.
- Tem uma série de fatores, que chega na hora e influencia. O mando de campo, a falta de torcida, as lesões. Eu que joguei esse campeonato pelo Vitória sei como é. É bem diferente do estilo da Série A. A correria é muito grande. A ausência de alguns jogadores pesou muito. Os meninos entraram, deram conta do recado dentro do possível, até porque só perdemos um jogo. Agora, na minha visão, é que começa o campeonato de verdade para a gente. Não dá mais para errar porque estamos tendo todo o tempo para desenvolver o trabalho - decretou.
O próprio capitão vascaíno foi um dos que passou mais de um mês em tratamento de um estiramento na coxa. Guiñazu, Pedro Ken e Edmílson engrossam a lista, além de Everton Costa, que teve uma arritmia detectada no coração e não joga mais em 2014. Hoje, Guilherme Biteco é o único no departamento médico. Por fim, o goleiro Martín Silva está a serviço da seleção uruguaia na Copa do Mundo e, no total, perdeu sete partidas da Série B.
Diogo Silva acredita que a maior qualidade da equipe em relação aos rivais vai fazer a diferença caso a determinação também esteja num nível alto.
- Nosso nível tecnico é superior, mas também tem a vontade, a gana, e com isso vamos sobressair. Se não igualar na garra, vai ser complicado para a gente. E um pouquinho mais de concentração também vai ser decisivo - disse o goleiro.
A pegada diferente da Série B também foi citada por Fabrício, que faz sua estreia na competição. O meio-campista assumiu a vaga de titular no fim de abril e ainda busca o melhor entrosamento.
- Encontramos dificuldades fora de campo, mas também com um jeito de jogar novo. Para quem está acostumado com o estadual, onde há mais espaço, é difícil. A Série B é mais disputada, pegada, espaços mais curtos. Já mostramos isso no último jogo (vitória sobre o Boa Esporte) e agora estamos tendo para treinar, o que não havia antes. Essa parada é importante para aperfeiçoarmos os detalhes nos setores para conseguir encarar o bloqueio e a marcação forte dos times que encaram a gente.