O caldeirão ferveu, mas de forma negativa. O dia após a segunda derrota consecutiva do Vasco no Campeonato Carioca foi marcado por protestos e lamentos. Durante a madrugada, os muros de São Januário, que haviam sido pichados na noite de domingo, foram pintados. Mas o clima ruim que tomou conta do clube ainda não pôde ser apagado.
No treinamento da manhã de ontem, o clima descontraído entre os jogadores, presente durante toda a pré-temporada, em Atibaia, no interior de São Paulo, deu lugar a um certo desanimo. Faltavam palavras para tentar explicar o mau momento do time no Estadual.
As coisas não estão muito legais mesmo. Alguma coisa precisa ser mudada. Nós entendemos a revolta da torcida do Vasco e temos de aceitar as críticas.O momento é de não falar muito e de se preocupar em trabalhar. Acredito que, agora, a única receita é essa lamentou o lateral Ramon.
Durante as entrevistas coletivas, alguns torcedores começaram a protestar na entrada principal de São Januário, mas foram impedidos de entrar no clube. A diretoria reforçou a segurança no local desde a madrugada, e todos os portões do estádio passaram a contar com uma maior fiscalização. Nos próximos dias, a segurança seguirá reforçada para evitar possíveis atos de vandalismo.
Quem joga num clube como o Vasco precisa estar preparado. Nós, jogadores, conversamos no dia a dia e estamos fazendo de tudo para vencer. Nós temos de trabalhar mais, falar menos e ir para o campo buscar o resultado destacou Marcel, que fez seu primeiro gol pelo Vasco na derrota por 3 a 2 para o Nova Iguaçu.
Desde a estreia do Vasco no Campeonato Carioca a torcida já começou a demonstrar uma certa impaciência com o time. Na ocasião, o time foi derrotado por 1 a 0 pelo Resende e ouviu muitas vaias em São Januário na saída de campo. Ao término da partida, Felipe pediu calma e disse que, se fosse o caso, seria o primeiro a deixar o clube. O revés contra o Nova Iguaçu acabou sendo a gota d\"água.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)