A queda de clubes grandes já deixou de ser novidade, principalmente, na era dos pontos corridos. E o que não falta para os vascaínos são exemplos de que é possível dar a volta por cima e nunca mais retornar à Série B.
Por aqui, o exemplo mais famoso é o do Corinthians. Rebaixado em 2007, o clube não só conquistou a Série B como voltou mais forte do que antes. De lá para cá, faturou dois Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial de Clubes. Cresceu seu patrimônio ao construir um estádio próprio, um novo CT, e se se tornou forte economicamente ao aumentar as receitas com bilheteria e patrocínio.
O Corinthians é o maior exemplo, mas não o único. O Atlético-MG conheceu a Série B em 2006. Voltou à elite logo em seguida e chegou a sucumbir nos primeiros anos após o retorno. Mas desde 2012, passou a figurar sempre entre as equipes mais competitivas do país. O auge desta retomada foi a conquista da Libertadores de 2013.
O Grêmio não caiu só uma vez (a primeira, em 1991). Mas, desde a última queda, em 2004, não voltou à Série B. O retorno à elite veio de forma triunfal, ao vencer o Náutico na famosa “Batalha dos Aflitos”.
Depois disso, o Grêmio só cresceu. Fez um novo estádio, jogou uma final de Libertadores e das dez edições de Brasileiro disputadas, desde que retornou, o Tricolor Gaúcho terminou entre os quatro primeiros em seis delas.
Equipes de fora também foram rebaixadas e se recuperaram
Os exemplos de equipes que conheceram o inferno do rebaixamento e deram a volta por cima não se restringem ao futebol brasileiro. Em 2011, o River Plate caiu para a segunda divisão argentina, em pleno Estádio Monumental de Nuñez.
O descenso foi uma vergonha para o clube e seus fãs, que aturam até hoje as gozações dos aficionados do maior rival, o Boca Juniors. Mas o time venceu a Primeira B Nacional no ano seguinte e, em 2014, foi campeão argentino ao conquistar o Torneio Final. Nesta temporada, a a virada chegou ao seu ponto mais alto com a conquista da Libertadores e a vaga no Mundial de Clubes.
Além do River, outros gigantes já caíram e voltaram. São os casos do Manchester United (em 1974), do Liverpool, que caiu cinco vezes na história (a última foi em 1954); do Arsenal (1913), da Roma (1951), do Milan (1982) e, mais recentemente, da Juventus, rebaixada em 2006, por conta de seu envolvimento num esquema de armação de resultados.