O sonho era por um retorno de Diego Souza a São Januário. Porém, após sondar e perceber que a realidade financeira está muito aquém do desejo se concretizar, o Vasco voltou a colocar os pés no chão e está focado em cumprir o que tinha tratado como prioridade: saldar as dívidas com o atual elenco.
No que se refere a 2018, o Cruzmaltino considera ainda estar "em dia". Embora o pagamento seja oficialmente todo dia 5, há um acordo interno para depósito até o dia 20. Com isso, o mês de março ainda não é visto como atrasado.
O clube, todavia, deve ainda dezembro, 13º e férias para atletas e funcionários. Alguns jogadores da temporada passada, como Martín Silva e Wagner, por exemplo, ainda têm a receber grandes quantias. Ao goleiro, cerca de sete meses de direitos de imagem, o que significa mais de R$ 1 milhão. Para o meia, cerca de dez meses com valores não revelados.
O zagueiro Paulão, que atuou por empréstimo pelo Internacional ano passado e retornou este ano, tinha cerca de oito meses de direitos de imagem a receber quando chegou a deixar o clube no começo do ano. Em seu novo contrato, negociou a dívida e agora a recebe de forma diluída juntamente com os salários.
Para alguns membros da diretoria, um investimento do porte de Diego Souza poderia acarretar em problemas internos com o elenco, que tem demonstrado uma louvável paciência com o clube para a solução das questões financeiras.
Uma das ajudas para pagar os salários de 2018 veio do empresário Carlos Leite, que possui uma série de jogadores do atual grupo e que é uma espécie de "parceiro comercial" do Vasco desde a gestão de Eurico Miranda, onde também adotou tal prática.
A contrapartida neste negócio até aqui foi o recebimento de montantes referentes às vendas do volante Douglas, do zagueiro Luan, do lateral direito Madson e do meia Mateus Vital, todos ligados ao agente.
O Vasco ainda busca novos patrocinadores fixos. Este mês, por conta da disputa do título carioca e da campanha na Libertadores, o clube conseguiu obter parceiros pontuais que aliviaram um pouco a situação. O Cruzmaltino, porém, ainda está sem certidões negativas de débito, o que o impede de fechar parcerias, por exemplo, com empresas estatais.