Clube

Vasco: O exemplo da tenacidade e da perseverança

Bem que eu poderia escrever todo o blog de hoje, de ponta a ponta, em homenagem ao Clube de Regatas Vasco da Gama, que faz 112 anos neste sábado 21 de agosto de 2010, continuando a tradição gloriosa desde quando foi fundado em 1898. Por que poderia? Porque o Vasco, orgulho de duas grandes Pátrias, o mais perfeito traço de união Brasil – Portugal, símbolo da amizade luso-brasileira, representa muito do que há de mais importante no contexto do esporte e, em particular, do futebol.

O Vasco foi e é, até hoje, o exemplo da tenacidade e da perseverança. Primeiro – e único – clube do estado a ter um estádio próprio, construído com o suor e a mão-de-obra de vascaínos autênticos, daqueles que sempre deram o melhor de si para torná-lo uma potência e preferiram se manter no anonimato, colocando o Vasco acima de tudo e de interesses pessoais, o Vasco seguiu firme e forte, com a caravela deslizando sempre na direção da vitória.

O Vasco foi o primeiro clube a admitir o negro no futebol. O símbolo da era foi Fausto dos Santos, a Maravilha Negra, centro-médio, atestam os da época, que brilhava mais do que o sol na seleção que disputou a 1ª Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai.

O Vasco foi o primeiro campeão carioca no Maracanã, então o maior estádio do mundo, tendo um elenco que era a base da seleção. O time ganhou 17 dos 20 jogos e marcou 74 gols, 25 de Ademir - o Queixada -, o maior ídolo da época do futebol brasileiro.

O Vasco foi o primeiro clube a ter o artilheiro da seleção em Copa do Mundo, com marca até hoje não igualada. Ademir Marques de Menezes fez nove gols na 4ª Copa do Mundo, em 1950, no Brasil. Era o símbolo da alegria do Vasco.

O Vasco foi o primeiro a ter um capitão da seleção a erguer a taça de campeão do mundo: Hideraldo Luis Bellini, apos a goleada do Brasil (5 a 2) sobre a Suécia, na tarde memorável de 29 de junho de 1958, no Estádio de Solna, em Estocolmo. O Vasco tinha três titulares que disputaram todos os jogos: os zagueiros Bellini e Orlando e o atacante Vavá.

O Vasco foi o primeiro clube brasileiro a ganhar, antes mesmo da seleção, um título internacional fora do país: campeão sul-americanoinvicto, em 1948, em Santiago do Chile, onde o Brasil foi campeão pan-americano, também invicto, quatro anos mais tarde.

A história gloriosa do C.R.Vasco da Gama precisa de páginas e páginas, de livros e livros, se alguém se dispuser a contá-la com a dimensão exata que ela tem. Por isso, homem do futebol há tantos anos, limito-me a citar apenas alguns dados expressivos e significativos da vida deste clube, repetindo aqui o que digo sempre: não é preciso ser vascaíno para admirar e exaltar a grandeza e a beleza da história do Vasco.

Mas não poderia deixar, sob qualquer pretexto, de encerrar esta simples homenagem ao C.R.Vasco da Gama, no dia em que completa 112 anos de fundação, sem uma palavra a Roberto Dinamite, que conheci, então garoto como eu, no início dos anos 70, começando nos juvenis a alicerçar a carreira brilhante que o levou a ser o maior artilheiro e ídolo da história do clube.

Sem perder a humildade e a simplicidade, Roberto Dinamite – o artilheiro dos artilheiros, a camisa que tem cheiro de gol, como eu sempre dizia ao entrevistá-lo no rádio -, saiu do gramado para o gabinete, tornando-se por imposição da torcida, que exigia mudança com transparência, o primeiro jogador-presidente da história do clube. Um presidente atuante, querido, simples, simpático e de mãos limpas. Coisas que ficarão para sempre na história do Clube de Regatas Vasco da Gama.

Um casaca do tamanho do mundo à imensa e querida torcida vascaína em todos os pontos do país, pois como disse o ex-presidente Cyro Aranha, “enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal.” !!!

Fonte: Blog do Deni Menezes
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