Vasco paga a funcionários, mas ainda deve ao elenco

Rio - Aos poucos, o presidente Roberto Dinamite tem tentado reorganizar a política do Vasco. Depois de perder alguns de seus principais aliados, o dirigente vai repondo os setores. Ontem, Nelson Almeida, vice jurídico na primeira gestão de Dinamite, iniciou no clube o trabalho como vice-presidente de finanças e já mostrou serviço.

Com a ajuda de um grupo de conselheiros, ele ajudou o Gigante da Colina a quitar os salários atrasados dos funcionários referentes ao mês de agosto. Hoje, parte da dívida com os jogadores será paga.

O depósito que será efetuado é referente apenas aos direitos de imagem dos atletas. No dia 20, os vencimentos de setembro também vão passar a ficar atrasados e não há previsão para a diretoria quitar a dívida. O Vasco precisou antecipar alguns recursos para conseguir a quantia.



Roberto Dinamite vem trabalhando para reorganizar a política do clube | Foto: Divulgação

Com diversas dívidas e processos trabalhistas na Justiça, a diretoria do Gigante da Colina há algum tempo tem sofrido com as penhoras, que esvaziam o caixa assim que qualquer tipo de receita entra. Com todos os orçamentos desta temporada comprometidos, o departamento jurídico do clube tem trabalhado com a possibilidade da liberação de cerca de R$ 8 milhões que estão retidos na Receita Federal.

O Gigante da Colina só terá acesso ao dinheiro do patrocínio da Eletrobrás no ano que vem e ainda aguarda a quantia da venda do apoiador Diego Souza.

O jogador foi negociado com o Al Ittihad, da Arábia Saudita, que deu um calote e não pagou as duas primeiras parcelas (julho e agosto). A diretoria já enviou ação à Fifa para ter acesso ao dinheiro.

FUTURO DIRIGENTE TEM ALTA
Escolhido para ser o novo vice-presidente de futebol do Vasco e ocupar a vaga deixada por José Hamilton Mandarino, um dos principais aliados do presidente Roberto Dinamite, Ercolino Jorge de Luca recebeu alta da clínica em que estava internado na Zona Sul do Rio e deverá ser anunciado até amanhã.

Há oito dias, o empresário, que tem negócios no ramo alimentício, sofreu uma crise de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e correu o risco de ser operado.