O primeiro encontro entre representantes do marketing de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco com a empresa Pro Entertainment serviu para que uma nova postura referente aos trabalhos com produtos licenciados começasse a ser adotada no estado.
Foi uma reunião muito proveitosa e bastante objetiva, na qual estabelecemos algumas metas com a Pro. Pretendemos apresentar um plano de trabalho baseado em todas as questões que foram levantadas em um prazo máximo de 30 dias, afirma Marcus Duarte, diretor de marketing do Vasco e um dos representantes do clube no encontro.
O grande objetivo dos clubes cariocas é conhecer melhor as empresas que produzem os licenciados e descobrir se existem irregularidades nos acordos firmados no passado.
Queremos entender um pouco mais do dia-a-dia do licenciado para que possamos com ele com a Pro analisarmos uma série de variáveis e possamos descobrir porque a grande maioria das empresas só paga os valores da garantia mínima, diz Duarte.
A ferramenta que será usada nesse processo será uma auditoria para destrinchar alguns contratos e descobrir desde possíveis falhas na distribuição até mesmo ações de pirataria envolvendo empresas parceiras dos clubes.
Por meio da auditoria poderemos identificar se os licenciados estão produzindo o que é colocado nos relatórios e essa é a melhor forma hoje de iniciarmos um combate efeito à pirataria. A partir do que a empresa diz e após cruzar com a auditoria, podemos identificar se há algum tipo de maquiagem, explica o diretor de marketing do Vasco.
Com esse maior poder sobre os produtos licenciados, os quatro grandes do Rio de Janeiro poderão melhorar os trabalhos nessa área. Uma das solicitações foi para que o grupo formado por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco tivesse trabalhos independentes em relação aos demais clubes de outras regiões do país.
Esse pedido foi feito para que os cariocas não tivessem acordos parados apenas porque clubes de outros estados não aprovaram determinada idéia. Essa independência também possibilitará uma exploração maior de dois mercados em particular.
Queremos independência para falar com o mercado, principalmente no Norte e Nordeste, onde temos uma força maior que os clubes de São Paulo, por exemplo. Queremos ter autonomia para falarmos com essas regiões e não ir mais a reboque dos clubes de São Paulo, completa Duarte.